Presidente da Câmara questiona postura de prefeito de Diadema, mas apoia escolha de articulador
O presidente da Câmara de Diadema, Manoel Eduardo Marinho, o Maninho (PT), elogiou a ida do secretário de Educação, Marcos Michels (PV), à articulação do governo Lauro Michels (PV) junto ao Legislativo. Em contrapartida, o petista voltou a se queixar do relacionamento entre a Casa e o chefe do Executivo, a quem o petista deu nota 3,5 por sua atuação como vereador, entre 2005 e 2012.
Maninho criticou a falta de diálogo por parte do verde, mas disse acreditar que o ingresso de Marcos vai “melhorar a relação”. “O Marcos é pessoa mais dinâmica, tem mais paciência, é pessoa que debate melhor com os vereadores”, avaliou.
Apesar de ter sido vereador por dois mandatos, Lauro foi raras vezes ao Legislativo desde que assumiu a Prefeitura. Nesse meio tempo, Lauro mexeu quatro vezes na articulação junto à Câmara e chegou a trocar o vereador Milton Capel (PV) por José Dourado (PSDB) na liderança do governo na Câmara.
“O Lauro foi vereador 3,5. Nem posso avaliá-lo como parlamentar, pois produziu muito pouco e não deu muita importância para o Parlamento”, disparou o petista.
O fato de o Executivo enviar projetos às pressas também tem pesado a favor da manutenção da crise com o Legislativo, opinou Maninho. Outro impasse que tem alimentado a insatisfação dos vereadores, inclusive da base governista: dificuldade de contatar alguns secretários. “O Lauro acha que é o rei, o imperador, acha que ele quem decide e nós obedecemos. Mas aqui não funciona assim”, frisou o chefe do Legislativo.
A nota dada por Maninho a Lauro é superior à avaliação feita pelo verde ao mandato do ex-prefeito Mário Reali (PT) durante a corrida eleitoral de 2012. Na ocasião, o então parlamentar deu nota 3 ao governo petista e disse que Reali sequer tinha direito à recuperação.
A chegada de Marcos é vista com bons olhos pela alta cúpula da administração para por fim à dissonância com a bancada governista – alguns chegaram a barrar requerimentos considerados importante pelo governo. Vereador eleito e chefe de gabinete durante a passagem de Lauro pela Casa, Marcos possui perfil de mais diálogo, diferentemente de seu antecessor, o secretário Francisco José Rocha, de Finanças e de Planejamento e Gestão.
MIRANDO ALTO
Não é a primeira vez que Maninho sobe o tom ao criticar Lauro. O petista não esconde o interesse em ser indicado pelo PT para disputar o comando do Paço em 2016, quando o verde deverá disputar a reeleição. Para isso, o parlamentar terá de convencer alas do petismo em Diadema que defendem a escolha de nome que ainda não tenha figurados as urnas.
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