Política Titulo Cisão
Rachado, PT de Diadema já articula eleição de 2014
Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
10/12/2012 | 07:10
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Arquivo/DGABC


Embora a primeira reunião no diretório do PT de Diadema após a derrota para Lauro Michels (PV) em outubro tenha sido marcada pelo clima amistoso, os bastidores do petismo começam a ferver sobre a composição de candidatos na eleição de 2014. Hoje há divisão entre os defensores do prefeito Mário Reali (PT) e os apoiadores de uma candidatura regional a deputado estadual.

O principal plano de Reali é retornar à Assembleia Legislativa, onde ficou até 2008 para concorrer ao Paço de Diadema. Mas essa empreitada enfrenta resistência na legenda, principalmente da ala ligada ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC.

Esse grupo sustenta projeto regional, a exemplo do que ocorreu com Carlos Grana (PT) em 2010. Com Grana eleito para a Prefeitura de Santo André, o Sindicato necessitaria trabalhar outro nome para absorver o legado da categoria. O diretor administrativo da entidade, Teonílio Monteiro da Costa, o Barba (PT), é o mais cotado para encabeçar o projeto.

Dentro do petismo de Diadema, o racha fica acentuado na bancada da sigla para a próxima legislatura. Reali é defendido pelos vereadores José Antônio da Silva, Ronaldo Lacerda e Lilian Cabrera. Manoel Eduardo Marinho, o Maninho, Orlando Vitoriano e Josa Queiroz têm fomentado candidatura alternativa à Assembleia.

Petistas que acompanham a discussão interna garantem que a cisão é incortornável e o cenário de 2010 vai se repetir, quando o partido lançou quatro nomes de Diadema para a eleição ao Legislativo paulista: José Antônio, Joel Fonseca, Irene dos Santos e Renato do Geb.

A ala sindical do PT diademense tenta convencer Reali a lançar candidatura a deputado federal, uma vez que o ex-prefeito José de Filippi Júnior (PT) pode não buscar a renovação de mandato na Câmara Federal por ter aceito convite para comandar a Secretaria de Saúde na gestão de Fernando Haddad (PT) em São Paulo.

A questão é que Reali teme um confronto com o padrinho político no futuro. Filippi não decidiu se vai abdicar da tentativa de reeleição para o Congresso e poderia anunciar sua candidatura às vésperas da eleição, duelando com o afilhado pela preferência do diretório. Reali, então, teria de renegociar espaço para encorpar a empreitada para deputado estadual.

Os apoiadores de Reali já iniciaram movimentação para que o prefeito encabece chapa própria no PED (Processo de Eleição Direta), que vai definir o próximo presidente do PT. No comando da sigla, ele teria condições de não ser preterido nas discussões para a montagem do projeto do partido para a eleição de 2014.




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