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Região não tem secretário desde 2007

Último representante do Grande ABC no 1º escalão do governo do Estado foi Fernando Longo

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
09/12/2012 | 07:06
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O governador Geraldo Alckmin (PSDB) tem intensificado, depois da eleição municipal, diálogos para reforma de seu secretariado sem incluir o Grande ABC nas especulações para indicar representante regional ao primeiro escalão paulista. O último nome a compor o secretariado no Palácio dos Bandeirantes foi Fernando Longo, que ocupou a Pasta de Turismo na gestão de José Serra (PSDB), até 2007. Desde então, o governantes do maior Estado do País sequer cogitaram indicações das sete cidades.

Com 2,6 milhões de habitantes, a região é o quarto maior PIB (Produto Interno Bruto) do País, com R$ 70,3 bilhões (dados de 2010) em soma de riquezas de Santo André, São Bernardo, São Caetano, Diadema, Mauá, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. O Grande ABC só perde para São Paulo (R$ 357,1 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 154,7 bilhões) e Brasília (R$117,5 bilhões). Mesmo assim é preterido por regiões com menor desenvolvimento econômico.

O Litoral Paulista, por exemplo, com PIB estimado em R$ 40 bilhões (pouco mais da metade do Grande ABC), chegou a ser agraciado com três nomes no primeiro escalão de Alckmin: Paulo Barbosa (Desenvolvimento Social), Bruno Covas (Meio Ambiente) e Márcio França (Turismo).

Logo após a eleição, Alckmin perdeu seu secretário da Casa Civil, Sidney Beraldo (PSDB), indicado para atuar como conselheiro do TCE (Tribunal de Contas do Estado). Para seu lugar, o governador tende a escolher Edson Aparecido (PSDB).

Aparecido atualmente comanda a Secretaria de Desenvolvimento Metropolitano, Pasta que dialoga diretamente com o Grande ABC. O tucano virou figura constante nas reuniões do Consórcio Intermunicipal e sempre ressaltou a importância econômica da região para o Estado e para o País.

Apesar disso, Edson Aparecido deve ser substituído por Eduardo Cury (PSDB), prefeito de São José dos Campos, que não conseguiu emplacar Alexandre Blanco (PSDB) como seu sucessor. A sinalização por Cury demonstra que Alckmin tenta ampliar terreno no Interior de São Paulo, principalmente no Vale do Paraíba. São José dos Campos será administrada a partir de 1º de janeiro pelo petista Carlinhos Almeida.

 

AJUDA NO PLEITO

Na eleição de 2010, quando retornou ao comando do Palácio dos Bandeirantes, Alckmin teve no Grande ABC votação decisiva para triunfar sobre Aloizio Mercadante (PT) já no primeiro turno. Das sete cidades da região, o tucano venceu em quatro: Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Perdeu somente em São Bernardo, Diadema e Mauá, que hoje são geridas por petistas.

Nos municípios onde sagrou-se vencedor, o governador registrou ampla margem de diferença para o petista. São Caetano ofereceu a maior distância: 61,6% para o tucano contra 22,9% para o petista. Santo André (45,1% a 38,7%), Ribeirão Pires (47,9% a 36%) e Rio Grande da Serra (49,2% a 38,7%) adicionaram sufrágios essenciais para a vitória do tucanato no primeiro turno da disputa eleitoral.

 

OUTROS NOMES

O Grande ABC registrou dois nomes que tiveram atuação destacada no governo do Estado. Atualmente vereador de Santo André, Israel Zekcer (PTB) ocupou a Secretaria de Esportes e Turismo na gestão de Mário Covas (1995 a 2001).

O hoje prefeito de Ribeirão Pires, Clóvis Volpi (PV), também transitou no Palácio dos Bandeirantes no governo de Covas. Foi um dos principais conselheiros do governador, morto em 2001.




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