Com a troca de seis dos sete prefeitos da região, o Consórcio Intermunicipal do Grande ABC iniciará 2013 sem projetos novos. Apenas Luiz Marinho (PT), de São Bernardo, continua no colegiado. Ontem foi realizada a última assembleia deste ano na entidade.

"Deixamos previsão orçamentária para novas realizações, mas os próximos prefeitos é que decidirão o que fazer. O que está em andamento terá continuidade", explica o presidente do Consórcio, Adler Teixeira, o Kiko (PSDB), de Rio Grande da Serra. Para o tucano, o período eleitoral dificultou o planejamento. O prefeito de Diadema, Mário Reali (PT), deixou a presidência da entidade no meio do ano para disputar a reeleição ao Paço.

Entre os projetos já iniciados se destacam os planos de Mobilidade Regional e o de Redução de Riscos. O primeiro foi assinado em maio e custou R$ 1 milhão, sendo R$ 800 mil investidos pelo governo do Estado. O primeiro diagnóstico, apresentado no mês passado, apontou a necessidade de 163 intervenções viárias.

Já o mapeamento das áreas de risco, que será feito pelo IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), foi contratado em julho e só deverá ficar pronto em novembro de 2013. O estudo custou R$ 680 mil à entidade, e atenderá Santo André, São Caetano, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. As demais cidades já têm planos ou estão em fase de elaboração.

O Consórcio espera ainda a liberação de verbas federais. O deputado federal José de Filippi Júnior (PT-SP) destinou R$ 490 mil para sincronização semafórica nas divisas, mas a entidade precisa apresentar projeto básico. Outro conjunto de obras que dependem do sinal verde da União é a estabilização de encostas e remoção de famílias em Diadema, São Bernardo e Mauá. O pacote de R$ 119 milhões, poderá ser incluído no Plano Nacional de Gestão de Riscos, proposto pelo Ministério do Planejamento.