Setecidades Titulo Habitação
Movimento pede
moradia em S.Bernardo

Manifestantes invadem área particular abandonada na cidade
e cobram a inserção nas políticas habitacionais da Prefeitura

Andressa Dantas
Especial para o Diário
04/12/2012 | 07:00
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Integrantes dos movimentos Facesp (Federação das Associações Comunitárias do Estado de São Paulo) e MMD (Movimento por Moradia Digna) protestaram na manhã de ontem contra as políticas habitacionais da Prefeitura de São Bernardo. No fim de semana, os grupos invadiram prédio abandonado na região da Vila São Pedro, e só deixaram o local com a condição de se reunir ontem com a secretária de Habitação da cidade, Tássia Regino.

Esta é a segunda invasão registrada na cidade em menos de dez dias. Na semana passada, famílias ocuparam apartamentos do Conjunto Três Marias, no bairro Cooperativa, para cobrar agilidade no atendimento habitacional. Mesmo após a atitude desesperada, terão de aguardar na fila por moradia.

Conforme a Prefeitura, os movimentos que reivindicaram área particular na Vila São Pedro não têm sede ou representantes organizados na cidade. Durante a demolição dos últimos alojamentos precários do município, na tarde de ontem, Tássia afirmou que os movimentos não estão cadastrados na Prefeitura para receber benefícios de moradia na cidade. "Invadiram uma área particular e estão desorganizados, não há um representante responsável. Estão passando por cima de regras estabelecidas pela Prefeitura; não é só invadir um local, há procedimentos para isso."

De acordo com a secretária de Habitação, foi realizada uma reunião com os manifestantes para esclarecer os procedimentos de cadastro para adquirir imóvel na cidade.

ALOJAMENTOS

O alojamento Vila Império, no Rudge Ramos, e o Madureira, no Baeta Neves, os últimos da cidade, foram demolidos ontem. As 19 famílias foram encaminhadas ao Conjunto Habitacional Nova Silvina. Em 2009, a cidade tinha oito alojamentos ativos, onde moravam mais de 660 famílias em condições precárias.

De acordo com o prefeito Luiz Marinho (PT), a cidade não possui nenhuma família vivendo em área de risco extremo (deslizamentos e enchentes). No início de 2009, a situação encontrada pela Prefeitura era de famílias vivendo há 16 anos em alojamentos improvisados. "Era uma situação vergonhosa. As pessoas vivendo em cima de esgoto, famílias tendo as casas levadas por enchentes. Fizemos um mapeamento das áreas de risco da cidade e a partir disso priorizamos as famílias que seriam encaminhadas aos conjuntos habitacionais", destacou Marinho.

A secretária de Habitação, Tássia Regino, informou que após a construção de moradias no Jardim Silvina, a próxima área beneficiada será o bairro Areião. "Em 2010, o Silvina era a região com mais problemas de moradia. Por meio de estudos, diagnosticamos que o Areião deve ser priorizado na próxima fase do projeto."




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