Economia Titulo Empregos
Setor da construção fecha 108 postos de trabalho
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
04/12/2012 | 07:10
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O setor da construção civil apresentou a terceira queda consecutiva no volume de postos de trabalho criados. Em outubro, entre as sete cidades, foram fechadas 108 vagas na área. São Bernardo foi a cidade que mais demitiu funcionários: com 207 desligamentos (veja tabela abaixo). Mesmo com o saldo negativo, no balanço do ano (de janeiro a outubro), o setor gerou 2.299 oportunidades e em 12 meses (entre outubro de 2011 e outubro deste ano) foram contratados 601 profissionais, segundo levantamento feito pelo SindusCon-SP (Sindicato da Indústria da Construção Civil do Estado de São Paulo).

Para se ter ideia, de janeiro a julho deste ano, o Grande ABC havia admitido 3.717 profissionais do setor - 7,9% a mais em relação ao mesmo período de 2011. O saldo começou a ficar negativo em agosto (-790 trabalhadores), seguido por setembro (-528 funcionários).

A diretora adjunta da regional do SindusCon-SP, Rosana Carnevalli, explica que a avaliação mensal não demonstra se o setor vai bem ou não. "Obras terminam a todo o momento. Há construtoras, inclusive, que entregam as chaves em dezembro para que os moradores tenham ‘fôlego' para pagar as parcelas adicionais, já que recebem o 13º salário. Quando uma obra se encerra é natural que funcionários sejam desligados", diz. "Queda de contratações no fim de ano é tradicional, devido aos fatores sazonais, como as festas de fim de ano".

Segundo ela, o importante é que o segmento tem apresentado expansão na comparação anual e em 12 meses. "Não estamos tendo o crescimento que obtivemos entre 2010 e 2011, porque nesta época estávamos vivenciando o boom imobiliário. Já eram esperadas quedas mensais significativas, uma vez que o cenário econômico atual do País está diferente, o crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) está menor. Mesmo assim, no geral, a construção civil tem apresentado bons números."

 

PREVISÃO

A especialista conta que espera que a partir do segundo semestre de 2013 o segmento tenha desempenho melhor. "Acredito que a partir daí o mercado de trabalho para a construção civil ficará mais fortalecido. Novos prefeitos estarão no comando das cidades e, provavelmente, iniciarão obras públicas. Isso ajuda, e muito, a fomentar o setor, gerar vagas", avalia Rosana.

Para o primeiro semestre, ela espera que os números se mantenham. "Começar obras no início do ano é ruim para construtoras e empreiteiras, já que é um período de muitas chuvas e isso dificulta a fase inicial da construção, de fundação. Pode, inclusive, provocar deslizamentos", explica Rosana.




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