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Marin deve anunciar hoje Gallo como novo treinador

Presidente da CBF concede entrevista às 11h e provavelmente vai oficializar promoção do técnico

Anderson Fattori
Do Diário do Grande ABC
17/07/2014 | 07:19
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Divulgação


Nada do espanhol Pep Guardiola, do português José Mourinho ou de Tite. O substituto de Luiz Felipe Scolari na comissão técnica da Seleção Brasileira deve ser Alexandre Gallo. O Diário teve informações exclusivas de que o treinador esteve terça-feira na casa do presidente da CBF, José Maria Marin, em São Paulo, e teria aceito o convite. O dirigente revelou o acordo a interlocutores, mas o anúncio será hoje, às 11h, em entrevista que o mandatário dará na sede da entidade, na Barra da Tijuca, Rio de Janeiro.


Técnico da Seleção sub-20, Gallo ocupou a função de observador de Felipão na Copa. Foram dele e do também observador Roque Júnior as informações sobre a Alemanha, decisivas na escolha do treinador por Bernard para substituir Neymar, na humilhante goleada de 7 a 1, na semifinal.

Ex-volante, Gallo encerrou a carreira em 2001, quando atuava pelo Corinthians, no qual iniciou a carreira fora das quatro linhas ao ocupar cargo de auxiliar técnico de Carlos Alberto Parreira. A estreia como treinador foi em 2004, no Villa Nova-MG. Depois passou por clubes como Santos (2005), Internacional (2007) e Atlético-MG (2008). Na região, trabalhou no Santo André em 2009, mas deixou o clube após sete jogos por divergências com o meia Marcelinho Carioca e a diretoria.

A promoção de Gallo, no entanto, deve ser provisória. O técnico vai ocupar a função até dezembro e comandar a Seleção nos quatro compromissos que já estão agendados: amistosos diante de Colômbia e Equador, em setembro, nos Estados Unidos, o Superclássico das Américas, contra a Argentina, em outubro, em Pequim, além do amistoso diante da Turquia, em novembro, em Istambul.

Marin não quer se comprometer, já que cumpre os últimos meses do mandato – entrega o cargo em abril de 2015 –, quando será substituído por Marco Polo del Nero, presidente da Federação Paulista, que terá missão de comandar a reformulação da Seleção com foco nas eliminatórias sul-Americanas, que devem começar em setembro de 2015. Antes, o Brasil participa da Copa América, de 11 de junho a 4 de julho, no Chile.

Ex-lateral Leonardo é cotado para cargo de diretor executivo

Além de Alexandre Gallo, outro nome que deve ser anunciado hoje por José Maria Marin é o do ex-lateral-esquerdo Leonardo, tetracampeão mundial com a Seleção em 1994. Ele foi convidado no início da semana para ocupar função nova no quadro da CBF, a de chefe executivo, que lhe daria plenos poderes sobre o time principal e os das categorias de base.


Ex-diretor do Paris Saint-Germain, da França, Leonardo está desempregado desde julho de 2013, quando pediu demissão do cargo após ser suspenso por nove meses por ter empurrado o árbitro Alexandre Castro depois da partida entre PSG e Valenciennes, em 5 de maio. Na ocasião, o dirigente ficou inconformado com expulsão do zagueiro brasileiro Thiago Silva no primeiro tempo do jogo que terminou empatado (1 a 1).

Nos últimos meses, Leonardo estava estudando propostas para voltar a dirigir a Inter de Milão, da Itália, ou então participar do comitê organizador da Copa do Mundo do Catar, em 2022, mas parece ter sido seduzido pelo convite da CBF.

PSICÓLOGA
Regina Brandão, que trabalhou com a Seleção Brasileira durante a Copa, disse em entrevista ao programa Roda Viva, da TV Cultura, que os jogadores entraram em pânico no duelo diante da Alemanha.

“Foi coisa do momento e vou ter de falar: todo mundo entrou em pânico e quando entra em pânico você não pensa. A sensação do David (Luiz) neste jogo, como no seguinte, foi tentar resolver por conta própria, e perdeu o coletivo. Cada um tenta resolver por conta própria”, constatou a psicóloga.

Regina Brandão, porém, disse que esse tipo de comportamento é comum. “Já vi isso em várias modalidades, inclusive com equipes olímpicas. Não é uma coisa incomum que aconteça”, comentou ela. 




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