Em janeiro de 2013, o Comitê Organizador Local da Copa do Mundo 2014 vai divulgar lista de cidades paulistanas aprovadas para servir como centro de treinamento para as seleções durante a disputa do Mundial. Mesmo na briga, São Bernardo praticamente jogou a tolha e preferiu focar na participação efetiva durante os Jogos Olímpicos de 2016, no Rio de Janeiro.

O pessimismo tem explicação: os concorrentes são fortes e com estruturas melhores. "Temos o 1º de Maio, que imagino atender às necessidades, mas, infelizmente, não temos rede hoteleira suficiente na cidade. Existem outros municípios com bons campos integrados a hotéis. Creio que esses serão os escolhidos pelas seleções", justifica o secretário de Esportes de São Bernardo, José Luiz Ferrarezi.

A desistência do município da disputa fica evidente com o adiamento da segunda etapa da reforma do 1º de Maio. A expectativa era de que o estádio pudesse ser ampliado para 25 mil pessoas - atualmente comporta 17 mil torcedores. "Resolvemos internamente não investir nisso neste momento, até porque a ampliação não seria decisiva. O que temos atende a demanda do São Bernardo. Com a evolução do time podemos retomar o assunto", explica Ferrarezi.

Já quando o assunto é Olimpíada, o dirigente se mostra muito otimista. Nos últimos anos, São Bernardo investiu no esporte olímpico e o grande trunfo da cidade será o Estádio de Atletismo, que será inaugurado em março. "Tenho convicção de que muitos países utilizarão nossos equipamentos esportivos na ambientação antes da Olimpíada. Nessa luta São Bernardo tem grandes chances", assegura Ferrarezi.

Santo André, outra cidade do Grande ABC que sonha em participar da Copa, se mostra otimista, principalmente por estar próxima ao aeroporto e à Capital. O grande problema, no entanto, é o Estádio Bruno Daniel, principal equipamento esportivo oferecido. O local está interditado por tempo indeterminado pela administração municipal e segue com obra de demolição da marquise inacabada.