Além das particularidades que envolvem o atual confronto, o histórico do rebaixamento do Coritiba, em 6 de dezembro de 2009, com invasão do estádio Couto Pereira e a violência se estendendo para outras localidades de Curitiba, levou a um esquema mais reforçado.
O jogo tem importância decisiva para os dois times na próxima temporada. O Atlético precisa vencer e torcer por tropeços do Cruzeiro, que joga contra o Atlético Mineiro, e do Ceará, que enfrenta o Bahia, para permanecer na Série A. Do outro lado, o Coritiba depende de uma vitória sobre o arquirrival para conquistar uma vaga para a Copa Libertadores.
Os últimos treinamentos serão fechados à imprensa e as direções dos dois clubes determinaram prudência no palavreado. No Atlético, somente o técnico Antônio Lopes fala. No Coritiba, a única entrevista da semana com o técnico Marcelo Oliveira e jogadores foi realizada nesta quarta-feira. O objetivo é evitar que alguma palavra mal colocada provoque o adversário ou incite os torcedores.
O Coritiba colocou dois mil ingressos à venda na manhã desta quarta. Em menos de 30 minutos não sobrou nenhum. Na Arena da Baixada, eles começam a ser vendidos na manhã desta quinta. No entanto, apenas alguns poderão ser adquiridos porque o clube tem aproximadamente 17 mil sócios com preferência na aquisição.
A Polícia Militar convocou para esta quinta as direções das torcidas dos dois times para discutir detalhes práticos em relação ao deslocamento até o estádio e sobre a saída após o jogo. A do Coritiba, em menor número, deve ter acompanhamento especial da polícia.
O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba enviou um ofício à Polícia Militar para também participar do encontro. O presidente do sindicato, Anderson Teixeira, enviaria ofício ao Ministério Público pedindo que patrocine outra reunião com responsáveis pelo tráfego na cidade, forças de segurança e direções das torcidas. "Nós sabemos onde são os locais de maior concentração de torcedores", disse. Entre as propostas de Teixeira estão a colocação de ônibus especiais saindo de várias regiões da cidade diretamente ao estádio, sem passar por nenhum terminal. "É mais fácil monitorá-los", afirmou. O sindicato pretende que o uso de camisas dos times seja permitido somente nesses ônibus.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.