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'Atletiba do século' gera preocupação com segurança
30/11/2011 | 18:18
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O jogo entre Atlético Paranaense e Coritiba, a ser realizado no próximo domingo, na Arena da Baixada, em Curitiba, vem sendo chamado de "Atletiba do século". Em torno dele tem sido feito um verdadeiro "esforço de guerra", com previsão de cerca de 900 policiais militares deslocados para as ruas. É o maior efetivo policial mobilizado em uma partida de futebol no Paraná.

Além das particularidades que envolvem o atual confronto, o histórico do rebaixamento do Coritiba, em 6 de dezembro de 2009, com invasão do estádio Couto Pereira e a violência se estendendo para outras localidades de Curitiba, levou a um esquema mais reforçado.

O jogo tem importância decisiva para os dois times na próxima temporada. O Atlético precisa vencer e torcer por tropeços do Cruzeiro, que joga contra o Atlético Mineiro, e do Ceará, que enfrenta o Bahia, para permanecer na Série A. Do outro lado, o Coritiba depende de uma vitória sobre o arquirrival para conquistar uma vaga para a Copa Libertadores.

Os últimos treinamentos serão fechados à imprensa e as direções dos dois clubes determinaram prudência no palavreado. No Atlético, somente o técnico Antônio Lopes fala. No Coritiba, a única entrevista da semana com o técnico Marcelo Oliveira e jogadores foi realizada nesta quarta-feira. O objetivo é evitar que alguma palavra mal colocada provoque o adversário ou incite os torcedores.

O Coritiba colocou dois mil ingressos à venda na manhã desta quarta. Em menos de 30 minutos não sobrou nenhum. Na Arena da Baixada, eles começam a ser vendidos na manhã desta quinta. No entanto, apenas alguns poderão ser adquiridos porque o clube tem aproximadamente 17 mil sócios com preferência na aquisição.

A Polícia Militar convocou para esta quinta as direções das torcidas dos dois times para discutir detalhes práticos em relação ao deslocamento até o estádio e sobre a saída após o jogo. A do Coritiba, em menor número, deve ter acompanhamento especial da polícia.

O Sindicato dos Motoristas e Cobradores de Ônibus de Curitiba enviou um ofício à Polícia Militar para também participar do encontro. O presidente do sindicato, Anderson Teixeira, enviaria ofício ao Ministério Público pedindo que patrocine outra reunião com responsáveis pelo tráfego na cidade, forças de segurança e direções das torcidas. "Nós sabemos onde são os locais de maior concentração de torcedores", disse. Entre as propostas de Teixeira estão a colocação de ônibus especiais saindo de várias regiões da cidade diretamente ao estádio, sem passar por nenhum terminal. "É mais fácil monitorá-los", afirmou. O sindicato pretende que o uso de camisas dos times seja permitido somente nesses ônibus.




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