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Copacabana vira abrigo argentino no Rio de Janeiro

Um dos mais tradicionais cartões postais do Brasil, praia recebe milhares de ‘hermanos’

Dérek Bittencourt
12/07/2014 | 07:34
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A Praia de Copacabana, cartão-postal brasileiro mais conhecido no mundo, se transformou nos últimos dias com a chegada de milhares de argentinos ao Rio de Janeiro. Pela orla e ruas próximas, centenas de carros com placas do país vizinho estão estacionados, enquanto os hermanos se aglomeram na faixa de areia. Ao som de cantos e gritos de apoio à seleção – bem como provocações aos brasileiros – já somavam milhares no início da noite. A concentração principal era em frente ao Hotel Copacabana Palace, bem ao lado da Fifa Fan Fest.

Como a grande maioria dos visitantes não tem ingresso, deverá ficar acampada no local (ou nos veículos) e assistir ao duelo contra os alemães na estrutura oficial montada pela Fifa. As expectativas do governo do Rio e da prefeitura da Capital fluminense são ligeiramente divergentes sobre o número total de hermanos que devem estar por aqui e falam entre 70 mil e 100 mil argentinos.

Policiais militares e guardas municipais, no entanto, tentam encaminhar o máximo possível deles para as estruturas montadas no Terreirão do Samba e no sambódromo, por terem melhores condições para abrigar e, principalmente, controlar os argentinos. “Aqueles que estão na orla de Copacabana e na Barra, a gente tenta trazer para cá. Quando concentra um número de dez ou 15 veículos, realizamos um comboio com escolta”, explicou o inspetor Cristo, sub-diretor de operações da guarda municipal. Efetivo de 40 homens fora destacado para fazer a segurança do sambódromo. Segundo ele, não houve ocorrência entre argentinos ontem.

Como a expectativa é a de que os dois locais esgotem suas capacidades, está sendo preparado um terceiro espaço para abrigar os hermanos, na feira de São Cristóvão.

Procura por entradas é grande e ofertas são altas 

Não é preciso andar muito no Rio de Janeiro para encontrar placas feitas à mão ou ser abordado por algum argentino ou alemão à procura de ingressos para a final da Copa. Nos principais pontos de concentração dos estrangeiros, sobretudo na praia de Copacabana, são muitos os gringos tentando adquirir um bilhete. 

Os preços, porém, estão superfaturados. Pai e filha, os alemães Robert e Maximiliane Oellinger carregavam cartazes e caminhavam pela orla carioca. “Queremos gastar, no máximo, US$ 2.500 (cerca de R$ 5.000) em dois ingressos para categoria 3. Nos ofereceram duas entradas para categoria 1 a US$ 12.000 (cerca de R$ 24 mil)”, contou o médico-cirurgião.

Em redes sociais e sites de venda e leilão na internet, os preços estão ainda mais inflacionados. Um ticket categoria 3 chega à R$ 24.500, enquanto um categoria 4 sai por R$ 19.620. Policiais militares e guardas municipais estão alertas para ações de cambistas.  




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