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Robôs e futebol trazem ensinamentos para dentro e fora da escola

Alunos construíram jogadores nas aulas de robótica e participaram de supercompetição

Caroline Garcia
Do Diário do Grande ABC
13/07/2014 | 07:00
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Saber trabalhar em equipe, respeitar as diferentes características de cada colega, entender que perder e ganhar fazem parte da vida. Tudo isso pode ser colocado em prática em diversos esportes. Mas também tem outra forma de aprender esses ensinamentos. Como? Nas aulas de robótica. Então, por que não misturar futebol e robôs?

Foi o que os alunos do Colégio Ideal, em Santo André, fizeram. Na competição, que envolveu turmas do 6º ao 9º ano, cada time era composto por dois ‘jogadores’, construídos com pecinhas de montar. Tinha Cristiano Ronaldo, Messi, Neymar e Oscar. “Os nomes dos craques dão sorte”, afirma Giovanna Baldassari Masson, 12 anos.

A mesa, que pertence ao kit Lego – sistema pelo qual os alunos aprendem robótica desde o 1º ano –, ganhou tapetinho em forma de campo de futebol.

Nesta disputa, as regras são um pouco diferentes: a bola só sai na linha de fundo e a partida acaba após cinco minutos ou quando um dos times faz dois gols. Também não tem juiz, vale o bom senso ou a opinião do professor. “O time pode fazer milagre e ir para a final. O nosso conseguiu passar só nos pênaltis”, diz Thierry Demédio, 10.

Os robôs são controlados por meio de aplicativo baixado no celular e transmitido via bluetooth (conexão que não precisa de fios para passar informações). Além de controlar para onde andar, é possível determinar a velocidade dos ‘jogadores’. Mas é preciso tomar cuidado. Muito rápido, eles caem para trás. Já devagar demais, podem perder a bola.

Segundo Gustavo dos Santos Sabbagh, 11, comandar o robô não é difícil. “É como jogar videogame. Para nós é fácil porque estamos acostumados.”

Quem não tinha celular com conexão 3G não precisou se preocupar. “Peguei emprestado sem problemas”, diz Luan Perez Sanchez, 10.

Cada equipe passou por quatro jogos até a final. A dupla vencedora ganhou uma taça da Copa do Mundo de chocolate.

Pecinhas ganham diferentes funções

Manusear e montar objetos ajuda a estimular o raciocínio lógico e a criatividade, além de facilitar o aprendizado. “Se estão aprendendo sobre reciclagem em sala de aula, na robótica, montamos prensa para amassar latinhas ou guindaste para recolher os materiais”, explica José Carlos Júnior, professor de Educação Tecnológica do Colégio Ideal.

Nos laboratórios, as equipes são formadas por quatro alunos, que recebem funções diferentes. Durante as aulas, eles se revezam para passar por todas as etapas.

Seguem manual que vem no kit para saber como construir objetos. “Sempre gostei de Lego. Quando eu era menor, tinha peças maiores e mais grossas. É gostoso criar coisas diferentes”, afirma Gustavo dos Santos Sabbagh, 11 anos.

A dificuldade das atividades aumenta conforme a idade. Os mais novos estudam a parte mecânica, como encaixar peças grandes e executar tarefas menos complicadas. “Aprendemos a fazer programação no computador para dar comandos aos robôs. Não é difícil. É bem divertido”, diz Thierry Demédio, 10. 




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