Política Titulo Apoio ampliado
Marinho muda tom e abre leque de candidatos

Prefeito de S.Bernardo clama comissionados para votarem em nomes governistas e não só no PT

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
11/07/2014 | 07:43
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André Henriques/DGABC


Em encontro ontem no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), mudou o tom do discurso e ampliou o leque de candidaturas que contarão com apoio do governo. O petista convocou os funcionários comissionados para a reunião, após o expediente, e pela primeira vez falou abertamente e oficialmente sobre outros nomes, apresentando os concorrentes a deputado estadual e federal da cidade no pleito de outubro, deixando de lado a linha adotada até agora de defender apenas postulantes do PT.

O plenário ficou lotado com cerca de 500 servidores municipais. No local, Marinho pediu a confiança da massa de apadrinhados para voto em integrantes do arco de aliança, frisando a importância de eleger “parceiros” e mencionando cada um que estava à mesa. Entre eles, os vereadores Rafael Demarchi (PSD, a federal), Gilberto França (PMDB, a federal) e José Walter Tavares (PCdoB, a estadual) e o ex-secretário adjunto de Cultura Evandro de Lima (PTdoB, a estadual).

Postulantes do PT, os deputados Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (federal), e Ana do Carmo (estadual), pela reeleição, o presidente licenciado do São Bernardo Futebol Clube, Luiz Fernando Teixeira, e o ex-diretor do sindicato Teonílio Monteiro da Costa, o Barba, entraram na lista de acolhidos, no mesmo patamar dos demais quadros. “São nossos candidatos (abrangendo o grupo governista destacado) e todos terão nosso respaldo (da administração)”, disse Marinho, sem abrir a palavra aos apoiados.

O prefeito ressaltou ainda outros três pleiteantes que não estavam presentes no encontro. Começou pelo vice-prefeito Frank Aguiar (PMDB, a federal), inclusive, justificando a ausência do número dois do Paço. “Ele tinha na agenda hoje (ontem) show beneficente”. O chefe do Executivo lembrou das empreitadas do ex-assessor de Gabinete Giba Marson (PEN) e do vereador José Alves da Silva, o Índio (PR, a estadual), ambos na briga por vaga na Assembleia Legislativa.

A avaliação de parte do petismo é que um dos três candidatos a estadual pela legenda não terá sucesso nas urnas, o que justificaria essa abertura de opções afiançadas por Marinho, evidenciado como coordenador paulista da campanha de reeleição da presidente Dilma Rousseff (PT). Outra leitura do debate levantado se refere a congregar aliados para o próximo processo eleitoral, de 2016, na sucessão de Marinho. Essa união fecharia acordo em torno do candidato escolhido pelo prefeito.

DILMADEPENDÊNCIA
No controle da campanha em São Paulo, Marinho conclamou que São Bernardo “precisa dar vitória esmagadora” para a presidente. O petista criou termo para realçar a “obrigação de reeleger o projeto que iniciou com Luiz Inácio Lula da Silva (PT), em 2003”. Segundo ele, há ‘Dilmadependência’ na cidade. “Sem a Dilma, as propostas do nosso governo não existiriam na mesma proporção. Precisarei da colaboração de cada um de vocês no projeto. Peço envolvimento de 100%.”




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