O São Caetano garante que ainda não jogou a toalha. No entanto, após ser sugado pelo Furacão paranaense, terá de superar o abatimento e buscar a reabilitação diante do Criciúma, às 19h30 de hoje, em Santa Catarina, pela 35ª rodada da Série B do Brasileiro, para seguir com chances matemáticas de acesso. Em quinto lugar com 61 pontos, o Azulão não pode perder para não diminuir as chances de subir, atualmente de apenas 10,8%.

No treino de ontem pela manhã, o ar quase que de desânimo de alguns jogadores era visível, por conta da derrota por 3 a 1 para o Atlético-PR, sábado. O resultado aumentou para quatro pontos a distância em relação ao time de Curitiba, quarto.

O técnico Ailton Silva tentou amenizar o impacto da derrota para o confronto com os catarinenses. "Após o jogo (com o Atlético-PR) conversei com eles e disse que temos de acreditar, porque as chances ainda existem. Temos de vencer esses quatro jogos restantes. Não jogamos a toalha."

Apesar do discurso otimista do treinador, o cenário ficou ainda mais sombrio porque, além de ter quatro pontos a menos que o Atlético-PR, o Azulão está atrás também no número de vitórias - 20 contra 17.

Ailton Silva evita o entusiasmo quando lembrado que o Criciúma não tem ido bem em casa e perdeu os dois últimos jogos, para Grêmio Barueri (4 a 3) e Joinville (3 a 2). "Precisamos ter confiança, mas é sempre difícil porque a torcida deles apoia bastante. Mas eles também não estão tranquilos. Temos de jogar com inteligência e muita entrega se quisermos bom resultado lá (em Criciúma)."

A equipe conta com o retorno do zagueiro Gabriel, que cumpriu suspensão na rodada anterior. Eli Sabiá volta para a reserva. Ailton Silva não adiantou a escalação, mas admite que pode mexer no time.

O Criciúma não terá o lateral-esquerdo Marlon e o atacante Zé Carlos, suspensos. Willian Simões e Douglas são as opções do técnico Paulo Comelli, que também cumpre suspensão e não fica no banco de reservas.

Azulão está vivo, garante Wagner

Tirar lições dos erros cometidos na derrota para Atlético-PR, (3 a 1), reagir e vencer o Criciúma para seguir na briga pelo acesso. Para o zagueiro Wagner, este é o roteiro que o São Caetano tem de seguir hoje, no Heriberto Hulse.

"Nada está perdido. As chances diminuíram mas existem, então temos de acreditar e brigar", sentenciou o zagueiro, que admite que as bolas alçadas na área, na segunda trave, foram a perdição do time contra o Furacão, sábado.

"Essas jogadas complicaram. Foi mais desatenção nossa do que mérito do Atlético-PR. Mas isso já é passado. Agora temos de vencer de todo jeito, buscar essas quatro vitórias. Todos os times passam por isso (perder jogos em casa). O Vitória passou, o Criciúma também. Atualmente, só o Barcelona não perde em casa."

Wagner marcou dois gols nos últimos três jogos, um na derrota para os paranaenses e outro no empate (1 a 1) com o Ipatinga, resultou que pesou na saída do ex-técnico Emerson Leão, e espera estar em noite inspirada para ajudar o time a derrotar os catarinenses.

O zagueiro não espera facilidades pelo fato de o Criciúma não enfrentar boa fase como mandante nas últimas rodadas. Os catarinenses perderam os dois compromissos recentes no Heriberto Hulse.

"Mesmo que eles estivessem vencendo, teríamos que entrar para vencer do mesmo jeito. Se ainda temos a ambição de subir, temos de ir lá e vencer, sempre jogar com inteligência e pressionar. Nenhum jogo é fácil, mas ninguém é imbatível em casa", comentou.

Wagner deve ser julgado nos próximos dias pela expulsão após o fim do jogo contra o Ipatinga - por ofensas à arbitragem - e pode ficar de fora da partida contra o Boa Esporte ou o Goiás.