Economia Titulo Sindicatos
Distribuidoras de gás estão fechadas
Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
06/11/2012 | 07:17
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Nario Barbosa/DGABC


 

Trabalhadores de distribuidoras de GLP (Gás Liquefeito de Petróleo) do Grande ABC iniciaram ontem greve por tempo indeterminado. Eles se mobilizam em protesto à falta de acordo durante a campanha salarial. A categoria é formada por 1.200 funcionários, aproximadamente, e a data base da campanha salarial foi em 1º de setembro.

 

A paralisação se concentra em Mauá, na Avenida Doutor Alberto Soares Sampaio, onde muitas empresas estão instaladas, como a Liquigás, Copagás, Nacional Gás Butano.

Segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores no Comércio Varejista de Derivados de Petróleo, Valter Adalberto, as negociações tiveram início no dia 3 de setembro. "Até o dia 22 de outubro participamos das reuniões com a presença das empresas, no entanto, após os encontros o Sindigás (Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Gás Liquefeito de Petróleo) encaminhou carta afirmando que as negociações estavam encerradas", diz o sindicalista.

Ele conta que o sindicato patronal oferece 5,89% de reajuste salarial, enquanto que os trabalhadores da base pleiteiam, 15,31%. "É uma diferença enorme."

A proposta é para empresas como Liquigás, Copagás e Nacional Gás Butano, da base do Sindigás. Já a pauta de reivindicação das empresas Ultragás e Utingás (pertencentes a um mesmo grupo) possui acordo coletivo diferenciado. "Para se ter ideia, os trabalhadores que estão empregados nessas duas companhias não tiveram proposta alguma. O que pretendiam fazer, simplesmente, era igualar a proposta aos demais", diz Adalberto. O que é impossível. "Os trabalhadores iriam perder muitas cláusulas, uma vez que oferecem maiores benefícios. Seria como retroceder às conquistas."

O presidente do sindicato dos trabalhadores reforça que a categoria está aberta para negociar com todas as empresas. "A ideia não é prejudicar. Tanto que um contingente mínimo de trabalhadores foi mantido nas empresas para que o abastecimento de gás aos hospitais, companhias, creches, delegacias ou cadeias, por exemplo, não seja afetado."

Está marcada para hoje uma assembleia com os trabalhadores, no bairro Capuava, em Mauá (Avenida Doutor Alberto Soares Sampaio). "Vamos definir os rumos da campanha", conta o líder sindical. Segundo Adalberto, a paralisação se estende às empresas da base de todo o Estado de São Paulo.

 

 




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