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Região tem, em média, três cirurgias de catarata pelo SUS diariamente

No Dia da Saúde Ocular, especialista reforça os cuidados com a visão

Vanessa de Oliveira
Do Diário do Grande ABC
10/07/2014 | 07:00
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Ricardo Trida/DGABC


A catarata, uma das doenças que mais provoca cegueira no mundo, levou 1.286 pessoas a buscarem o SUS (Sistema Único de Saúde) na região para realização de cirurgia em 2013, o equivalente a, em média, três procedimentos por dia. Hoje, quando se celebra o Dia da Saúde Ocular, especialista alerta sobre a importância de cuidar dos olhos, especialmente em certos estágios da vida, como o envelhecimento.

“A catarata costuma acometer pessoas acima de 40 anos. Os sintomas mais comuns são visão nublada e muita intolerância à luz”, explica o médico Walter Takahashi, professor associado e chefe do Serviço de Retina e Vítreo do Departamento de Oftalmologia da USP (Universidade de São Paulo).

Foram exatamente estes sintomas que fizeram Maria Eunice Moreira Baesa, 73 anos, moradora do Parque São Vicente, em Mauá, procurar ajuda. “Meu olho direito estava muito embaçado. Achei que tinha que trocar os óculos. Tapei o olho esquerdo e só via vultos com o outro. Fui ao médico e ele diagnosticou a catarata”, lembra ela, que operou há dois meses.

A cirurgia é simples e rápida (dura em torno de 15 minutos) e, com ela, é possível restabelecer a visão em uma semana. A enfermidade é causada pela perda da transparência do cristalino, lente situada atrás da íris que permite que os raios de luz atravessem e alcancem a retina, formando as imagens que vemos.

IRREVERSÍVEL

Outra doença tida como grande causadora de cegueira, esta irreversível, é o glaucoma, que atinge cerca de 2% dos brasileiros acima dos 40 anos. Na região, no ano passado, foi a causa de 54 internações no SUS.

Caracterizada por lesões no nervo ótico em função de aumento da pressão intraocular, desenvolve-se de maneira silenciosa. “Às vezes a pressão do olho começa a subir sem que a pessoa perceba e, quando nota, é tarde demais. Há tratamento, que pode ser feito com colírios e, em casos extremos, cirurgia. Se a doença avançou, o que se pode fazer é evitar a perda adicional”, explica Takahashi.

Em todos os casos, vale a velha máxima: prevenir é melhor que remediar. “É muito importante que as pessoas acima de 40 anos façam exames oftalmológicos uma vez por ano para verificar se há algum problema, pois, com diagnóstico precoce e tratamento adequando, é possível manter a visão estável”, alerta o especialista. 




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