Candidata do PSDB de Diadema à Prefeitura, Maridite Cristóvão de Oliveira reclamou das regras eleitorais, que permitem a construção de alianças com dezenas de partidos e uso irrestrito de dinheiro para propaganda política.
Para a tucana, o Congresso precisa discutir ampla reforma política, passando pela diminuição das legendas e artigos que limitem o gasto excessivo em materiais de campanha.
"Hoje o que se vê são exigências burocráticas, campanhas poderosas e pouca avaliação política por parte do cidadão. Isso precisa mudar", opinou a prefeiturável. "Eu vi candidaturas de vereador com mais poderio financeiro que o meu, que sou majoritária. E, pelo que tenho visto, o povo não aceita bem esse tipo de poluição sonora e visual."
Desde que Maridite e seu marido, o ex-deputado José Augusto da Silva Ramos (PSDB), se filiaram no PSDB, há mais de dez anos, é a primeira vez que o partido concorre à Prefeitura de Diadema com estrutura reduzida. A sigla não formou coligações com partidos aliados, apostou no lançamento de 18 postulantes a vereador e optou por campanha de baixo custo, otimizando uso de caminhão de som alugado e intensificando colocação de faixas eleitorais próximo ao dia 7.
A tucana previu gasto máximo de R$ 2,75 milhões na empreitada e informou ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral) ter investido R$ 2.350 - segundo dados da primeira parcial de prestação de contas. Foram R$ 1.600 depositados para impressão de material e outros R$ 750 para pagamento de serviços terceirizados.
"Não são só os políticos que precisam fazer essa reflexão. A sociedade também precisa. Não adianta só reclamar", afirmou Maridite.
Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.