Ao mesmo tempo em que podem influenciar o consumo do álcool, os pais têm importância maior na educação do jovem e servem até de exemplo. Ter conversas em casa e explicar sobre os malefícios da bebida é papel fundamental.

É o que acontece na família de uma garota de 13 anos, aluna do 8º ano da EE Orígenes Lessa, em Diadema, que participou do Desafio de Redação, com o tema Álcool, você não precisa disso para se dar bem. Os pais dela costumavam beber e hoje são coordenadores do grupo de Alcoólicos Anônimos, em São Bernardo. "Eles perceberam que estavam passando dos limites e conseguiram parar. Mas precisaram de muita força de vontade e apoio."

Todo final do mês, há uma confraternização em que integrantes contam histórias de como começaram a beber e a luta que estão enfrentando para parar com o vício. "Adoro participar dessas reuniões. É uma lição de vida", comentou.

Na casa de outra aluna, também de 13, há exemplos dos dois lados. O pai parou de beber, mas o tio, que havia largado o vício depois de sofrer acidente provocado por motorista alcoolizado, voltou à bebida. "Ele recomeçou depois que arrumou amigos novos. Vive oferecendo para o meu pai, que continua firme na decisão."

Alguns colegas já ofereceram bebida alcoólica e cigarro à adolescente, que recusou. "Falam que sou fraca e bebezinho da mamãe. Mas são coisas que entram por um ouvido e saem pelo outro", disse.

O Desafio de Redação começa na segunda-feira em Mauá, mas ainda continua nas escolas de São Bernardo e Diadema.