Economia Titulo Campanha salarial
GM chama sindicato e assembleia é adiada
Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
04/09/2012 | 07:23
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Indefinição. É assim que segue a campanha salarial dos metalúrgicos da General Motors. Os 20 mil funcionários (12,5 mil da fábrica de São Caetano e 7.500 da planta de São José dos Campos - interior paulista) aguardam a reunião de hoje, entre a montadora e representantes do sindicato dos trabalhadores, para definir os rumos da campanha. Em virtude desse encontro (que já estava agendado), a assembleia que iria acontecer ontem foi cancelada e será remarcada nos próximos dias.

De acordo com o segundo secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano, Cícero Marques da Costa, a expectativa é de que a companhia norte-americana faça contraproposta aos trabalhadores. "Inicialmente a GM ofereceu 4,3%, índice muito aquém do que a classe reivindica."

Os metalúrgicos pedem 5% de aumento real e cerca de 5,2% de reposição da inflação, tendo como base o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor), calculado pelo IBGE. "O sindicato não discute índice de inflação. Se pressupõe que o percentual será incorporado ao salário automaticamente. Não tem o que debater", pontua Costa.

Além do reajuste total (cerca de 10,2%), a categoria também pede valorização dos pisos (atuais R$ 1.576,68) e abono salarial - cujo valor não foi divulgado. A data base é em 1º de setembro.

Dependendo do que for definido na mesa de negociação hoje, o sindicato irá convocar assembleia para levar aos trabalhadores as propostas. "A partir de então votamos pela mobilização ou aceitação do que foi oferecido", esclarece o secretário do Sindicato dos Metalúrgicos de São Caetano.

ENTRAVE - No último encontro (na sexta-feira) nada foi definido. Costa conta que a empresa manteve a posição inicial e que, dentre outros fatores, alega que o mercado automobilístico está bastante competitivo. A reunião de hoje será realizada às 9h, em Guarulhos (SP), com representantes dos dois sindicatos (da região e o do Interior). Até agora foram realizados quatro encontros.

CONQUISTA ANTERIOR - Em 2011, após estados de greve, os trabalhadores da GM conquistaram reajuste salarial de 10,8%, injetando na economia da região R$ 3,7 milhões. Além do aumento, foi acertado o pagamento de abono de R$ 3.000.

 

 




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