Economia Titulo Campanha
Banqueiros oferecem 6% de
reajuste em novo encontro

Negociação para definir campanha salarial continua nesta 4ª;
trabalhadores pedem 10,25% e tentam avançar na proposta

Tauana Marin
Do Diário do Grande ABC
29/08/2012 | 07:00
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O encontro entre banqueiros e trabalhadores para definir a campanha salarial deste ano ainda não acabou. Para hoje está marcado novo encontro entre as partes. Isso porque, ontem, a Fenaban (Federação Nacional de Bancos) apresentou proposta de reajuste salarial de 6%. Para o Comando Nacional dos Bancários e representantes de todos os sindicatos filiados à Fetec/SP-CUT (Federação dos Trabalhadores em Empresas de Crédito do Estado de São Paulo), inclusive o Sindicato dos Bancários do ABC, o índice não é satisfatório. "Queremos avançar e sabemos que é possível conquistar percentual melhor", conta o presidente do sindicato da região, Eric Nilson.

Desde o início da campanha salarial deste ano, a categoria reivindica aumento salarial de 10,25% e piso de R$ 2.416,38.

Com o índice proposto pela Fenaban, o piso de escritório, por exemplo, passaria a ser de R$ 1.484, e o de caixa, de R$ 2.014,38. O auxílio-refeição seria de R$ 20,97; o auxílio-alimentação, de R$ 359,42, mesmo valor da 13ª cesta alimentação. O auxílio-creche passaria para R$ 301,94, valor inferior aos R$ 622 pedidos pelos trabalhadores.

A categoria reivindica ainda PLR (Participação nos Lucros ou Resultados) de três salários mais parcela fixa adicional de R$ 4.961,25. Já os banqueiros propõem que o benefício seja de 90% do salário acrescido do valor fixo de R$ 1.484, podendo chegar a 2,2 salários de cada empregado. Sobre essa PLR incidirá adicional de 2% do lucro líquido dividido igualmente pelo número total de empregados, chegando a R$ 2.968.

No encontro de ontem também foram discutidas cláusulas sociais da Convenção Coletiva de Trabalho do setor bancário, saúde e segurança no trabalho, igualdade de oportunidades. A data base é em 1º de setembro. No Grande ABC estão em campanha 7.500 trabalhadores.

METALÚRGICOS - A primeira rodada da Campanha Salarial da FEM-CUT/SP com a bancada patronal do Grupo 2 (máquinas e eletrônicos), ocorrida ontem, foi acalorada. O clima de tensão e dificuldade marcou a negociação realizada na sede da Abinee (Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica).

O presidente da FEM, Valmir Marques, o Biro Biro, destacou algumas das principais reivindicações da categoria, como o abono salarial, o seguro de vida em grupo, a unificação nos pisos salariais e a redução da jornada de 44 para 40 horas.

Sobre a proposta de unificar os pisos, tendo como referência sempre o maior, Biro explicou que a medida ajudará a combater a alta rotatividade nos setores. "A rotatividade do G-2 no Brasil é de 36,9%, sendo que o setor de máquinas tem o índice mais elevado do nosso ramo, ou seja, 46,7%. Em São Paulo, está em 31,8%." A negociação com a bancada continua na sexta-feira, às 10h.

 

 




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