Política Titulo Apoio
Ouvidorias se unem para expandir modelo

Representantes de Sto.André, S.Caetano e Mauá querem levar entidade às demais cidades

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
27/06/2014 | 07:24
Compartilhar notícia
Andréa Iseki/DGABC


Os ouvidores José Luiz Ribas, de Santo André, José Quesada Farina, de São Caetano, e Celma Dias, de Mauá, se reuniram ontem, em território andreense, na tentativa de iniciar processo de ampliação do sistema para as demais cidades do Grande ABC. Atualmente, a maioria dos municípios da região não tem ferramenta semelhante, que serve para reclamação de serviços mal prestados pela Prefeitura. Na lista, São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra. Este é o primeiro encontro articulado pelos representantes.

A proposta é expandir modelo adotado em Santo André, implantado por lei municipal em 1999. A demanda será levada diretamente ao Consórcio Intermunicipal visando sensibilizar os prefeitos. Na cidade, o ouvidor é escolhido por eleição, mediante voto de entidades representantes do município, como OAB, Acisa e Ciesp. Dessa forma, a ouvidoria local possui autonomia de trabalho. Em São Caetano, a indicação é feita pelo chefe do Executivo. Em Mauá, o prefeito sugere nome que passa pelo crivo da Câmara.

Ribas alegou que a ideia é disseminar a importância da instituição. Segundo ele, “alguns gestores” avaliam “erroneamente” que a entidade funciona para “bater no governo”. “A ouvidoria identifica os gargalos. Se pensar bem, inclusive, ajuda o prefeito para que os problemas sejam resolvidos”, justificou, acrescentando que na quarta-feira teve reunião com o prefeito Carlos Grana (PT), na qual o petista deu incentivo para “cobrança de todo o secretariado”. “Temos autonomia, mas é relevante esse apoio.”

A entidade andreense é obrigada a prestar contas ao Paço a cada três meses.

Mulher do ex-prefeito Oswaldo Dias (PT), Celma afirmou que não há dificuldade em entender a “necessidade de avanço” nesse sentido. Para ela, que já foi secretária de Assistência Social de Mauá e recentemente atuava como coordenadora de projetos na administração Grana, essa iniciativa de união precisa ser levada adiante. “É discussão inicial, procurando autonomia para o órgão. Vamos dar continuidade às conversas, no campo político, aguardando do chefe maior, que é o prefeito, essa adesão.”

Quesada sugeriu a formulação de documento oficializando a pretensão de fortalecimento das ouvidorias. “Não queremos passar ideia (aos prefeitos) de criação de Estado paralelo”, frisou o coronel reformado da Polícia Militar. Os três ouvidores trocaram experiências em relação ao funcionamento de cada órgão e projetaram a formação de fórum constante de discussão, com periodicidade mensal. O próximo encontro tem data marcada: primeira semana de agosto, em Mauá.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;