A Prefeitura de São Caetano considerou como ilegal a paralisação dos servidores da Educação no mês passado e descontou um dia do salário dos funcionários que cruzaram os braços por um dia. O abono referente a maio também foi suspenso. A categoria tenta, agora, reverter a situação no Ministério Público do Trabalho.

A crise entre os servidores e o Palácio da Cerâmica iniciou em abril, com a aprovação do abono aos trabalhadores da área. A categoria questionava os valores e reivindicava a incorporação do benefício ao salário, prometida pelo prefeito Paulo Pinheiro (PMDB). Sem consenso e sem apoio do Sindserv (Sindicato dos Funcionários Públicos e Autárquicos), cerca de 200 servidores cruzaram os braços no dia 8 de maio.

Em nota, a Prefeitura confirmou os descontos nos vencimentos. O Paço afirmou que “não houve greve” e que a paralisação “não obedeceu as regras definidas na legislação”.

Advogado da categoria, o ex-vereador Horácio Neto (Psol) contestou a posição do Palácio da Cerâmica. “A greve não pode ser considerada ilegal porque sequer foi julgada pela Justiça.”