Economia Titulo Sindical
Toyota fecha acordo
salarial por três anos

Montadora também confirma possibilidade
de fabricar veículo híbrido em São Bernardo

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
10/06/2014 | 07:28
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Claudinei Plaza/DGABC


Os funcionários da unidade de São Bernardo da Toyota aceitaram a proposta da empresa de pacote para reajustes salariais, PLR (Participação nos Lucros e Resultados) e benefícios por três anos, até 2016. Junto a isso, garantiu o Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, a empresa confirmou a intenção de investir para criar uma linha de produção de veículos híbridos (elétrico com combustível) na unidade da região, que atualmente conta com 3.400 trabalhadores.

No mês passado, o sindicato entregou à presidente Dilma Rousseff, que visitou o Grande ABC, um estudo sobre a viabilidade de estimular a produção de veículos híbridos no País. Esse material tinha como principal motivo facilitar o caminho para que a Toyota inicie a produção dos automóveis diferenciados na região. A estimativa da entidade é de 3.000 unidades por ano a partir de 2016. Mas não há definição sobre qual veículo sairia do forno em São Bernardo. Atualmente, a montadora tem à disposição do mercado nacional o importado Prius.

O sindicato não divulgou o índice de reajuste aceito pelos funcionários da Toyota. Apenas destacou que está garantida a recomposição da inflação ao longo dos três anos. A entidade também não deu detalhes sobre a PLR, como metas e valores. Apenas informou que a primeira parcela deste ano sairá neste mês e, a segunda, em dezembro.

Questionada, a Toyota afirmou que não há interesse de tornarem públicas as suas negociações salariais.

Em relação à possibilidade de investir na implantação de uma linha de produção de veículo híbrido em São Bernardo, a montadora garantiu que é uma verdade. Porém, ponderou que um estudo sobre esse processo será iniciado caso interprete que exista demanda pela produção inovadora. Acrescentou ainda que contará com as medidas de estímulo do governo federal para tomar tal iniciativa.

Conforme disse o presidente do sindicato, Rafael Marques, em entrevista à equipe do Diário no dia 4, o estudo entregue a Dilma sugere desonerações de imposto de importação e IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados) aos automóveis elétricos e híbridos fabricados no País. Ontem, a entidade não tinha porta-voz para comentar o assunto.


Trabalhadores aprovam início de campanha

Os metalúrgicos de São Bernardo, Diadema, Ribeirão Pires e Rio Grande da Serra aprovaram ontem a pauta de negociação para campanha salarial 2014 da categoria. Cerca de 1.000 trabalhadores concordaram com as reivindicações na unidade de Diadema do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo. Os principais itens são: redução da carga horária, reajuste salarial e elevação de período de licença maternidade.

Neste ano, não haverá negociação de cláusulas sociais, que têm duração de 24 meses e foram estabelecidas em 2013. Em relação aos artigos econômicos, os principais são de equiparação dos direitos de todos os trabalhadores aos já concedidos aos funcionários das montadoras instaladas nas cidades.

Este é o caso do pedido de 180 dias de licença-maternidade. Outro ponto em que os trabalhadores das montadoras têm garantido, e a entidade concorda que toda a categoria também deva ter, é a redução da carga horária de 44 para 40 horas semanais.

Além disso, destacou o sindicato, será pedido um reajuste salarial com recomposição da inflação e acréscimo de expansão real.

A aprovação da pauta foi encaminhada para a FEM/CUT-SP (Federação dos Sindicatos de Metalúrgicos da Central Única dos Trabalhadores de São Paulo), que será responsável pelas negociações com os sindicatos patronais. A data base da categoria é no dia 1º de setembro.

Ainda não há previsão de quando terão início as negociações com os patrões.
 




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