Nem a chuva forte antes da partida diminuiu a euforia da torcida paulista, que atendeu à recomendação do técnico Luiz Felipe Scolari e se comportou de forma bem menos exigente do que tradicionalmente acontece. Mais de 67 mil pessoas empurraram o Brasil contra a Sérvia e as vaias, que eram esperadas no início, caso o jogo se tornasse difícil, só apareceram no fim do primeiro tempo e na metade do segundo, quando torcedores provocaram ao pedir a entrada de Luís Fabiano, que nem foi convocado.

No fim, após a vitória (1 a 0) a sensação era de que o time encontrou o equilíbrio entre os setores e a atuação satisfez boa parte dos torcedores. “Tá bom. Não foi a goleada para dar confiança, mas acho que dá para ganhar a Copa”, comentou Marisa Alvarenga, 47 anos, que estava acompanhada pela filho Rayan, 18, não tão otimista assim. “O Fred precisa ficar mais ligado. Está muito parado”, criticou.

Entre as crianças, tudo era festa. Luiza Pereira, 7 anos, ainda estava se recuperando da emoção por ter assistido à Seleção Brasileira pela primeira vez. “Foi muito legal. Gostei de ver o Neymar, pena que ele não fez gol”, disse a jovem torcedora, que estava em clima de Copa, com direito a Fuleco (mascote da competição) de pelúcia.

A única coisa que tirou o torcedor do sério foi o trânsito caótico para chegar ao Estádio do Morumbi, na Capital. Com o Metrô em greve, os deslocamentos, mesmo que curtos, demoravam muito tempo. “Saímos de casa às 13h. Demoramos duas horas para percorrer trajeto que geralmente leva 20 minutos. A chuva atrapalhou bastante”, conformou-se o torcedor Dênis Pacheco, 37, que estava disposto a esperar a maior parte dos brasileiros ir embora antes de se aventurar novamente no trânsito pelo caminho que leva de volta para casa.