Bonome sustentou que promoverá a convenção local
até outubro, mesmo concomitantemente ao processo
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Mandatário do diretório paulista do PMDB, o deputado estadual Baleia Rossi deu respaldo ao presidente da executiva municipal do partido, Nilson Bonome, ao sustentar que o correligionário, pré-candidato à Assembleia Legislativa, sairá com crédito do processo eleitoral, independentemente do resultado. “Ele (postulante) é nossa grande aposta na cidade e tem prestígio”, resumiu o parlamentar, minimizando o conflito interno entre o dirigente local e o vereador José de Araújo (PMDB).
Na sessão de quinta-feira da Câmara, Araújo utilizou a tribuna para criticar veementemente a figura do comandante da legenda em Santo André. “Não aceitamos o Bonome como presidente. Ele disse, em entrevista, que os vereadores não comparecem às reuniões (mensais da legenda). Não vou mesmo. Me recuso a participar enquanto ele estiver lá (na direção)”, disse ele. “Hoje a sigla na cidade não existe”, completou Araújo, cobrando a execução de convenções municipais para eleição no diretório.
Assim como o colega de Legislativo Sargento Juliano, Araújo já anunciou apoio político à pré-candidatura ao projeto de reeleição da deputada Vanessa Damo (PMDB, de Mauá) no processo eleitoral de outubro. Diante da decisão, o vereador disparou contra o pleito de Bonome. “Ele resolveu ser candidato da cabeça dele, da mesma forma quando disputou o cargo de prefeito (em 2012). Mas receberá votação tão ridícula que não vai ter moral nem coragem de continuar à frente do partido (após a abertura das urnas).”
Bonome sustentou que promoverá a convenção local até outubro, mesmo concomitantemente ao processo eleitoral, com o objetivo de abrir a disputa para escolha da comissão executiva da sigla, rebatendo as críticas.
Baleia considerou que a polêmica alimentada pelos correligionários precisa ser resolvida no âmbito municipal. “Não vou entrar em briga local”, frisou o presidente estadual. “Vejo o Bonome de um lado, com legitimidade, sendo pré-candidato a deputado estadual, presidente da Fundação Ulysses Guimarães e será eleito. E de outro o vereador Araújo, que vai trabalhar pela Vanessa, que será uma das mais votadas (do PMDB)”, definiu ele, evitando esquentar ainda mais o clima regional.
Prefeiturável no último pleito à Prefeitura, Bonome afirmou que as declarações de Araújo “são tão insignificantes” que prefere não se manifestar sobre a questão.
COMISSÃO DE ÉTICA
Araújo está arrolado em processo de expulsão na comissão de ética do PMDB de São Paulo. A conduta de insubordinação do vereador andreense foi documentada no diretório paulista por Bonome, que preside o partido em âmbito municipal desde 2012. O fato de o parlamentar ter aderido a outra campanha majoritária na eleição de 2012 também consta no processo interno.
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