Política Titulo Caciques locais
Bonome diz combater coronelismo

Presidente do PMDB de Sto.André fará convenção partidária até outubro para definir no voto de militantes o novo comandante da sigla

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
24/05/2014 | 07:34
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Marina Brandão/DGABC


Evitando pressão de correligionários, o presidente do PMDB de Santo André, Nilson Bonome, vai abrir disputa interna na legenda até outubro. O dirigente anunciou que fará convenção municipal partidária durante o período eleitoral e entrará no embate político contra caciques locais. “Nos próximos 120 dias promoveremos a convenção. Isso é definição que não vai mudar. As pessoas que estão provocando é porque querem continuar com coronelismo e nós não vamos deixar que isso aconteça na sigla, que hoje exerce a democracia.”

Embora não tenha mencionado nomes, Bonome refere-se aos movimentos articulados pela bancada de vereadores, encabeçada por José de Araújo, para destituir a atual comissão provisória, que está oficialmente no comando do PMDB desde maio de 2012. Como integrante do diretório estadual, o presidente alegou que a concorrência ficará neste momento em segundo plano. “Em virtude da campanha, estamos mais atentos às amarrações (coligações) para somar no pleito (ao governo do Estado). Esgotaremos todas essas etapas e, assim que possível, marcaremos a data.”

A convenção municipal serve para eleger os representantes do diretório e da executiva da sigla. Antes de Bonome assumir a presidência, Araújo era o comandante local e dava as cartas no PMDB com a anuência do parlamentar Sargento Juliano, que atuava em parceria nas negociações. Em contrapartida, o vice-presidente da República e chefe da cúpula nacional, Michel Temer, deu a bênção para o ingresso do ex-homem-forte do governo Aidan Ravin (PSB). Pouco tempo depois, o diretório paulista interveio em Santo André por não compactuar com os rumos da legenda.

De quebra, Bonome foi indicado para conduzir a Fundação Ulysses Guimarães, entidade estadual que age como braço político na formação de militantes. A situação deixou os vereadores enciumados. A principal reclamação da dupla é que a provisória tem mandato de 90 dias, prorrogáveis pelo mesmo período, e apenas possui direito a três renovações sob argumento de organizar a convenção.

Os parlamentares também criticam a falta de reuniões periódicas do PMDB na cidade. Entretanto, o presidente, pré-candidato a deputado estadual, rebate e afirma que “sempre houve” encontro mensal e às vésperas da campanha eleitoral passou a ser “praticamente” semanal. “O problema é que, nem nas mensais, ninguém (vereadores) comparecia, nem assessores. Fazemos série de ações. Inclusive, agora temos duas pré-candidaturas a estadual e duas a federal”, discorreu Bonome. 




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