Política Titulo Santo André
Grana planeja mutirão em junho para incluir haitianos

Paço tentará cadastro de estrangeiros, hoje novos moradores de Utinga, para curso de idiomas e regularização civil

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
23/05/2014 | 07:00
Compartilhar notícia
Celso Luiz/DGABC


A cúpula do governo Carlos Grana (PT), de Santo André, decidiu realizar mutirão na primeira quinzena de junho na tentativa de incluir a comunidade de haitianos, recém-chegados do país caribenho à cidade – aproximadamente 650 estrangeiros vivem hoje na favela dos Ciganos, no bairro Utinga, próximo à linha do trem. O prefeito se reuniu ontem com quatro secretários no Paço para estudar alternativas e apresentar proposta ao grupo. Santo André tornou-se o terceiro principal destino brasileiro, atrás apenas da Brasileia, no Acre, e São Paulo.

Na atividade que será promovida naquela região, a Prefeitura fará um cadastro de imigrantes, visando diagnóstico e perfil da situação dos refugiados. O projeto passa por oferecer curso de Língua Portuguesa, regularização de documentos, como RG e carteira de trabalho, e intermediar vagas de emprego no CPETR (Centro Público de Emprego, Trabalho e Renda). Outro procedimento sinalizado é firmar parceria com o Banco de Alimentos, da Craisa (Companhia Regional de Abastecimento Integrado de Santo André), objetivando distribuir produtos aos munícipes de baixa renda.

“Pretendemos fazer o mutirão antes do início da Copa (do Mundo no Brasil, na qual a abertura do evento ocorrerá dia 12). A principal ação se dará com as aulas de idioma (maior parcela fala em crioulo e francês), que é barreira na colocação no mercado”, sustentou o secretário de Relações Institucionais, Tiago Nogueira (PT). Com o plano consolidado, a proposta vai envolver a Associação Clube de Mães, entidade que procurou a Prefeitura para auxiliar na ação, igrejas e escolas. “Precisamos entender quem faz parte dessa população”, analisou. Percentual significativo é homem, religioso e está desempregado.

Tiago rechaçou que o procedimento tenha cunho político-eleitoral. São 584 haitianos cadastrados na associação. Segundo o petista, a iniciativa tem fundo apenas humanitário. “Entendemos como drama que eles passam no momento. Por isso, esse olhar no social.” Em 2010, o Haiti sofreu terremoto de grande escala que matou mais de 300 mil pessoas. Desde então, cerca de 21 mil estrangeiros entraram legalmente no Brasil.




Comentários

Atenção! Os comentários do site são via Facebook. Lembre-se de que o comentário é de inteira responsabilidade do autor e não expressa a opinião do jornal. Comentários que violem a lei, a moral e os bons costumes ou violem direitos de terceiros poderão ser denunciados pelos usuários e sua conta poderá ser banida.


;