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Políticas públicas para os serviços

Os serviços são responsáveis por 70% do emprego e 69% do PIB do Brasil, segundo o IBGE

Do Diário do Grande ABC
03/05/2014 | 07:43
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 Artigo

Os serviços são responsáveis por 70% do emprego e 69% do PIB do Brasil, segundo o IBGE. Mas ‘é pobre o conhecimento que o governo tem do setor’, no entender de Marcio Pochmann, ex-presidente do Ipea (Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas) e atual presidente da Fundação Perseu Abramo. Por isso, essa evidência ainda não é totalmente percebida na prática, ou seja, não influi nas políticas públicas, ainda muito voltadas para setores tradicionais, como a indústria, que perde espaço para o nosso setor nos índices econômicos. A realidade se impõe no front das atividades econômicas, mas a repercussão disso ainda está muito defasada, como alerta o jornalista Celso Ming publicado no jornal O Estado de S. Paulo no dia 24.

A manifestação do jornalista faz parte de gradual mudança da visão que os serviços merecem. Ele chama a atenção para o fato de o governo federal ainda não enxergar com clareza ‘sobre o setor que mais cresce e mais emprega na economia, o de serviços’. Ming destaca que para o ministro da Fazenda, Guido Mantega, o IBGE, encarregado das contas nacionais, não calcula corretamente o tamanho do setor nem sua evolução, já que os dados do PIB seriam subdimensionados.

Em geral, diz Ming, os economistas do Brasil avaliam mal o setor e mostram-se incapazes de considerar esse desconhecimento nas formulações de política econômica. ‘O fenômeno é suprapartidário e extravasa o governo’. O foco da análise procede. Por inércia, as medidas de apoio e saneamento da economia tendem demasiadamente para setores tradicionais, pois é assim que está posto desde o século passado. Ter performance invejável parece não ser suficiente. Está faltando visibilidade que justifique o impulso decisivo para que o setor possa deslanchar de vez e cumprir sua vocação desenvolvimentista de maneira plena.

É preciso enxergar melhor atividade que, apesar de concreta e de resultados práticos reais, tem em sua natureza carga de imponderável. Não se pode medir serviço da mesma forma que se pesa produto industrial. Isso tem desvirtuado a atenção das políticas públicas. Quando o assunto é emprego, baixa competitividade do setor produtivo, avanço econômico insuficiente, incorporação de tecnologia e agregação de valor só se pensa na indústria, diz Ming.

Mas apesar das dificuldades, vamos avançado. E cada vez convencendo a mídia, a sociedade e o governo sobre a importância de se dedicar aos serviços tudo o que ele merece, pelo tanto que faz em favor do desenvolvimento do País.

José Luiz Nogueira Fernandes é presidente da Fesesp (Federação de Serviços do Estado de São Paulo).

Palavra do leitor

É o progresso!
Carta publicada nesta coluna sobre São Caetano reclama, com razão, ao falar de inúmeros erros cometidos no trânsito da cidade (São Caetano, dia 29). É correto atribuir esses crescentes problemas ao adensamento demográfico, o que não significa que sejam insolúveis. O leitor representa parcela da população que reclama do crescimento. Agora, chamar os prédios de ‘horríveis’ significa negar o progresso e a evolução dos recursos. São prédios onde moramos com melhores condições de habitabilidade, conforto e segurança do que as habitações de 70 anos atrás. Prevalecendo essa forma de pensar conservadora, deveríamos fazer propaganda do turismo internacional, divulgando os ‘horríveis prédios’ da Avenida Paulista, outrora repleta de jardins, ou da Avenida Rio Branco, no Rio de Janeiro.
Ruben J. Moreira
São Caetano

Linha 10-Turquesa
Conforme noticiado neste Diário (Política, dia 25), dois políticos da região se reuniram com o presidente da CPTM para tratar de reformas já definidas pela empresa nas estações Utinga e Prefeito Saladino. O que realmente interessa para os milhares de usuários da Linha 10-Turquesa é saber se nessa reunião foram cobradas soluções para problemas mais urgentes apresentados pela referida linha, há tempos, como atrasos, superlotação, frota reduzida e sucateada, problemas rotineiros (quebra de trens e problemas na sinalização), baldeação na Estação Brás, dentre outros. Isso sem falar do prometido Expresso ABC, que nunca saiu do papel e das denúncias de irregularidades. Será que o governador está realmente interessado em melhorar o transporte no Grande ABC? Ou para ele é melhor falar do monotrilho, ainda em projeto, para, assim, angariar mais votos para si e para seus seguidores nas próximas eleições?
José Mario Pinotti Filho
Mauá

Sem essa!
Discordo que somos todos macacos. Somos seres humanos e não podemos ser ‘bananas’ quando o assunto é sério e precisa de atitudes firmes e inequívocas no sentido da manutenção da ordem e do respeito a todos. No Brasil, tudo vira brincadeira e cai no esquecimento, motivos pelos quais políticos e governantes não nos respeitam. Temos de passar de fase! Somos cidadãos.
Rafael Moia Filho
Bauru (SP)

Resposta
Em resposta à carta do munícipe João G. da Silva (Esquina nada bela, dia 24), a Prefeitura de São Bernardo informa que o estabelecimento já havia sido inspecionado por fiscais da Vigilância Sanitária em fevereiro, tendo sido constatadas infrações à legislação sanitária, como sujeira, mau acondicionamento de alimentos e falhas estruturais que permitiam o acesso de pragas. Na ocasião, a lanchonete foi interditada pelos fiscais até que fossem adotadas as providências necessárias para o atendimento às normas sanitárias. Em outra vistoria, verificou-se que haviam sido corrigidas as irregularidades e houve a liberação para que a lanchonete retomasse as atividades. Agora, com essa nova denúncia, a fiscalização da Vigilância Sanitária fará outra inspeção no local para verificar as condições de higiene.
Prefeitura de São Bernardo

Sindicalismo
O ex-sindicalista Paulinho da Força deu demonstração de oportunismo no evento promovido pela Força Sindical no Dia do Trabalho, usando de expressões agressivas contra a presidente da República. Sua atitude, por certo, não representa a opinião da maioria dos integrantes da entidade, que reuniu as milhares de pessoas para comemoração que é das mais importantes, e que não pode nem deve ser usada para outras finalidades, entre as quais, a caracterização de comício eleitoreiro.
Uriel Villas Boas
Santos (SP)

Uniformes
Tenho acompanhado diariamente as denúncias publicadas neste Diário referentes aos custos dos uniformes pagos pela Prefeitura de São Bernardo e a qualidade (tênis sem cadarços e palmilha) dos mesmos. Prefeito soberbo, que se acha no direito de não dar explicações à população; secretária blindada (por quê?) e oposição frouxa são tudo o que São Bernardo não precisa. Até quando?
Walmir Ciosani
São Bernardo




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