Política Titulo Queda de braço
Concurso público na Câmara segue emperrado

Pronto, edital para contratar empresa que aplicará prova no Legislativo ainda não foi publicado

Raphael Rocha
Do Diário do Grande ABC
02/05/2014 | 07:36
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Prometida pelo presidente da Câmara de São Bernardo, Tião Mateus (PT), para semana passada, a abertura oficial de licitação para contratação de empresa que aplicará o concurso público na Casa não foi efetivada.

A estimativa do petista era publicar o edital na sexta-feira no jornal Notícias do Município, que veicula atos oficiais da Prefeitura, do Legislativo e de fundações e autarquias.
Entretanto, o processo licitatório não foi veiculado na edição da semana passada nem de quarta-feira, escancarando a divisão que o tema causa na alta direção da Câmara.

A realização de concurso público na Casa ainda não é consenso, principalmente entre diretores de longa data do Legislativo. Tião exige que prova seja realizada para repor parte das 57 saídas de funcionários no ano passado – entre aposentadoria e transferência de emprego.

Mas servidores comissionados buscam convencer o petista de que para preencher a necessidade de mão de obra de alguns setores seria mais econômico admitir empresa terceirizada. Entre os departamentos citados por diretores está o cerimonial, que hoje conta com somente dois funcionários.

Na visão de alguns dirigentes da Casa, a contratação definitiva de trabalhadores encareceria desnecessariamente a folha salarial, já que não é sempre que o Legislativo acolhe festejos.
“Na semana que vem estará publicada (a licitação)”, estimou novamente Tião Mateus. “Há necessidade de reposição dos quadros. Todos que trabalham aqui sabem disso”, adicionou o petista, sem querer entrar em conflito com diretores defensores da terceirização de setores legislativos.

O edital para contratação de empresa que aplicará a prova já está pronto. Serão abertas 21 vagas concursadas para os setores administrativo, jurídico e o cerimonial.

A intenção inicial do presidente era admitir 39 servidores, mas o departamento financeiro da Casa alertou a possibilidade de estouro na folha do pagamento e o não cumprimento de metas da LRF (Lei de Responsabilidade Fiscal). Pela legislação, a Câmara tem de gastar 70% da arrecadação com despesa com pessoal.

Houve também sondagem direta à Vunesp (Fundação para o Vestibular da Universidade Estadual Paulista) para que a instituição realizasse o processo seletivo sem ter sido admitida por licitação. Mas Tião vetou.




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