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Quem é o mais inteligente?
Juliana Ravelli
Do Diário do Grande ABC
19/08/2012 | 07:00
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Não se pode dizer que uma pessoa seja mais inteligente ou melhor do que a outra. Na realidade, inteligência é capacidade mental que envolve diversas habilidades. Cada um as desenvolve em áreas específicas ao longo da vida. Assim, há quem tenha mais facilidade para entender determinado assunto ou fazer alguma atividade. Certo é que todos podem ser bons em algo.

Os cientistas estudam muito o tema e possuem várias opiniões sobre ele. Em geral, acreditam que a inteligência seja a capacidade de raciocinar, planejar, resolver problemas e pensar em coisas que não são concretas (que envolvem a imaginação). Não está relacionada somente às matérias escolares; também abrange ações do dia a dia, expressões artísticas e como lidamos com determinadas situações.

Podemos melhorar as habilidades durante toda a vida, mas a infância é fase importante em que são bastante desenvolvidas. Entretanto, isso depende da forma como somos incentivados - a brincar, desenhar, escutar música, dançar, ler, praticar esportes, conhecer objetos e lugares - pelos adultos em casa e na escola.

Mas os mais velhos não podem exigir que a gente aprenda assuntos difíceis, para os quais ainda não estamos preparados, com o objetivo de nos tornar superinteligentes. Isso pode gerar problemas, principalmente emocionais, no futuro.

O desenvolvimento das habilidades também está ligado às condições do ambiente em que vivemos. Desse modo, quem mora em locais muito pobres e não se alimenta direito costuma ter menos possibilidades de adquirir conhecimentos, além de que o cérebro pode não se desenvolver direito. Doenças no órgão também interferem.

 

Altas habilidades

Há pessoas que ainda na infância têm grande facilidade para fazer algumas tarefas, aprendem mais rapidamente e descobrem sozinhas como determinadas coisas funcionam. São chamadas portadoras de altas habilidades (no passado, usava-se o termo superdotado) e representam entre 2% a 5% da população.

Até agora, a Ciência não consegue explicar ao certo por que nascem assim. Mas acredita-se que a genética e o ambiente em que vivem influenciem. Em geral, quem possui altas habilidades também enfrenta muitas dificuldades, relacionadas principalmente ao convívio com colegas. Além disso, nem sempre pais e professores sabem como identificar e cuidar desses jovens, atrapalhando o desenvolvimento deles.

 

Saiba mais:

Um dos cientistas mais famosos do século 20, Albert Einstein se destacou na Física e Matemática. Mas, apesar de muito curioso na infância, não suportava a escola por causa do ensino rigoroso. A maioria dos professores também não gostava dele.

No século 20 surgiram os testes para avaliar a inteligência. A partir deles é que o termo QI (Quociente de Inteligência) se popularizou. Mas como ele não mede todas as habilidades, métodos mais eficientes têm sido desenvolvidos.


Após ver na TV um cientista ganhar prêmio, Arthur Moura Marinho, 9 anos, de São Caetano, ficou curioso para saber quem é a pessoa mais inteligente. "Precisa estudar e ler bastante para ter inteligência", diz o menino, que gosta de Matemática e já ouviu falar em Albert Einstein.

 

Consultoria de Mônica C. Miranda, neuropsicóloga e coordenadora do Núcleo de Atendimento Neuropsicológico Infantil da Unifesp, e de Rubens Wajnsztejn, professor de Neurologia Infantil da Faculdade de Medicina do ABC.




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