Economia Titulo Carreira
Diplomata tem salário a partir de R$ 14 mil

Profissional é selecionado por meio de concurso
público com prova composta por três fases

Yara Ferraz
Do Diário do Grande ABC
20/04/2014 | 07:06
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Hoje é o dia do diplomata. Esse profissional é o responsável por manter as relações com os outros países e também defender os interesses do Brasil no Exterior. A atividade tem remuneração inicial de R$ 14.290,72.

A maioria dos acordos, sejam eles políticos, econômicos ou até mesmo ambientais, passa por intensas negociações desses profissionais, até que tudo seja oficializado com a assinatura dos presidentes dos países em questão. Por exemplo, é ele quem negocia se determinada nação vai exigir visto dos brasileiros.

Conforme explica o coordenador administrativo do curso JB preparatório para a prova do Instituto Rio Branco, João Henrique Costa, além de participar das negociações, o diplomata representa o País. “Ele é a figura do Brasil no Exterior, aquele que defende e discute os interesses.”

Ao contrário do que normalmente se pensa, não necessariamente o diplomata precisa trabalhar em uma embaixada no Exterior. “Alguns trabalham no Palácio do Itamaraty, sede do Ministério das Relações Exteriores, em Brasília. Também há escritórios regionais em Estados como São Paulo, por exemplo”, explicou Costa.

CONCURSO - Para ingressar na carreira é necessário se inscrever no processo seletivo realizado anualmente pelo Instituto Rio Branco. Neste ano foram abertas apenas 18 vagas.

A exigência é que o candidato seja maior de 18 anos, tenha naturalidade brasileira nata e curso Superior reconhecido pelo MEC (Ministério da Educação), não importa qual a área da graduação.

A seleção é dividida em três etapas, sendo a primeira constituída de prova de 73 questões, incluídas matérias como Português, Inglês, História do Brasil, Geografia e Economia, entre outros.

De acordo com o professor de História e doutor em Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília), Carlos Eduardo Vidigal, o candidato precisa entender da maioria dos assuntos, especificamente do inglês.

“O diplomata é um generalista. O próprio concurso, que é aberto a qualquer tipo de graduação, demonstra isso. Porém, ele cobra o português e o inglês em altíssimo nível, e o francês e o espanhol em nível intermediário, Isso sem falar nas outras disciplinas, como História Mundial, do Brasil, Economia e Direito.”

A segunda fase é uma prova dissertativa de Língua Portuguesa, em que estão incluídos redação e interpretação de texto. A terceira e última etapa também é constituída por uma prova, que cobra conhecimentos em francês e espanhol.

Quem consegue passar no teste para se tornar diplomata começa pelo cargo de terceiro secretário e tem remuneração que parte de R$ 14.290,72. Ele pode crescer na carreira e Ele pode crescer na carreira e assumir as posições de conselheiro, ministro e embaixador. Há capitais bastante estratégicas, como Washington (Estados Unidos) e Londres (Inglaterra), que requerem cerca de 20 diplomatas. Outras, como a região do Caribe, requerem apenas um.


Curso para se preparar para prova tem custo mensal de R$ 1.000

Apesar de não existir um tipo de formação específica para a diplomacia, existem cursos preparatórios disponíveis. Um dos mais tradicionais é o JB, em Brasília.

Com duração de até um ano, o investimento é de R$ 11 mil, em média, divididos em parcelas de R$ 1.000. “Nosso curso tem 15 anos de tradição. Ele é extensivo, havendo opção de duração de 8 a 11 meses. Ensinamos todas as matérias que caem na prova e também temos uma sala de estudo disponível 24 horas por dia, para que o aluno estude de acordo com sua disponibilidade”, explicou o coordenador João Henrique Costa.

Porém, quem já faz uma faculdade relacionada com os temas da prova leva vantagem. “É o caso de Direito ou Letras, por exemplo, que ensinam temas que caem na prova durante a universidade. Ou seja, esse candidato estudou os assuntos por um tempo bem maior do que a maioria dos candidatos”, declarou o professor de História e doutor em Relações Internacionais da UnB (Universidade de Brasília), Carlos Eduardo Vidigal.

Além da rotina de estudos, uma dica é que os interessados acompanhem a agenda de viagens internacionais da Presidente Dilma Rousseff e dos demais ministros, além do noticiário internacional.
 




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