Economia Titulo Verticais
Imóveis valorizam menos do que previsão de avanço da inflação

Copa do Mundo desvia o interesse dos potenciais compradores e mercado desacelera

Pedro Souza
do Diário do Grande ABC
03/04/2014 | 07:07
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Claudinei Plaza/ DGABC


Os proprietários de imóveis verticais prontos e anunciados tiraram um pouco o pé do acelerador nos preços cobrados em março. No mês passado, segundo o Índice FipeZap, a valorização dessas unidades, na média, ficou abaixo da previsão do mercado financeiro para a inflação do período. Isso significa que os apartamentos podem ficar mais baratos, considerando o ganho real dos trabalhadores.

Conforme a pesquisadora da Fipe (Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas) Priscila Fernandes Ribeiro, essa menor valorização que a previsão do mercado, conforme o boletim Focus do BC (Banco Central) para a inflação, ocorreu em várias cidades. Mas ela destaca que é difícil prever a continuidade desta situação, principalmente porque o ano terá Copa do Mundo e eleição, eventos que dificultam qualquer tipo de previsão sobre o comportamento tanto da demanda quanto da oferta no mercado imobiliário.

Segundo o Focus, a expectativa é que o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) tenha alta de 0,84% em março. O IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) publicará o resultado na quarta-feira, dia 9. Conforme o Índice FipeZap, Santo André teve valorização dos imóveis prontos verticais de 0,70%, São Bernardo, 0,80%, e São Caetano, 0,64%.

O presidente da Viana Negócios Imobiliários, Aparecido Viana, avaliou que é comum a valorização menor entre novembro e fevereiro. Porém, destacou que a Copa tem influência na decisão dos compradores. “Desvia muito a atenção de quem está próximo de comprar um imóvel”, observou. Desta maneira, a demanda desaquecida segura o avanço dos preços.

Apesar do cenário com tendência positiva ao comprador, o professor de Finanças da FGV (Fundação Getulio Vargas) Fábio Gallo Garcia observou que a compra de um imóvel deve depender, principalmente, das finanças pessoais, e pouco dos agentes econômicos externos. “Se você já tem um planejamento, já está decidido no imóvel que vai adquirir, aproveite esse momento seu. Mesmo que a situação seja adversa no cenário econômico, o melhor momento é aquele que a pessoa está segura em dar entrada na compra”, aconselhou.
 




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