A Itália, que bateu a tenebrosa seleção norte-americana pelas quartas de final do vôlei masculino, ficou no passado, ou melhor, o Brasil não a deixou voltar a aparecer. Em partida impecável, a equipe de Bernardinho atropelou a Azurra por 3 a 0 ontem, com parciais de 25/21, assustadores 25/12 e 25/21.

Foi o oitavo confronto entre os times em Olimpíadas, e o Brasil venceu todos. Para a Itália, resta o carma de montar boas equipes, mas nunca alcançar o ponto mais alto do pódio.

Por outro lado, a Seleção Brasileira chegou à terceira final consecutiva e busca o terceiro ouro (1992 e 2004) diante da Rússia, que passou pela Bulgária (3 a 1) na outra semifinal. A decisão será amanhã, às 9h.

"Eu poderia dizer que o Brasil jogou por música hoje (ontem), mas é preciso ter cuidado, senão pode haver algum ruído ali na frente. O importante é que, mais uma vez, o trabalho traz recompensa. Após as derrotas, você pensa: ‘Será que errei em tudo?'", frisou Bernardinho.

O treinador também fez questão de ressaltar a importância de Ricardinho, devido à excelente distribuição de Bruninho na partida. "A coisa mais bacana que vou levar daqui de Londres é o Ricardo e o Giba, experientes, ajudando o time. O crescimento do Bruno foi demais, excepcional, e tem muito mesmo do Ricardo, que ajudou, deu uns toques", destacou o técnico, ao SporTV.

Já o oposto Wallace, que entrou no lugar do lesionado Leandro Vissotto, comemorou os 12 pontos que marcou agradecendo aos companheiros. "Eu devo tudo isso a eles, que estão sempre me ajudando, apoiando. Entrei tranquilo por causa disso, e é difícil", destacou o atleta.

A disputa pelo bronze entre Bulgária e Itália será amanhã, às 5h30.

Meninas esperam desbancar favoritismo norte-americano

Quase eliminada na primeira fase, a Seleção Feminina de Vôlei já operou milagres na Olimpíada, mas hoje (14h30) terá a missão mais complicada: vencer as favoritas norte-americanas na final.

Na primeira fase, as sobrinhas do Tio Sam venceram por incontestáveis 3 a 1.

Mas "elas não são imbatíveis. Se jogarmos concentradas, dá para ganhar. O que vai pesar é o coração. Quem tiver mais coração vai vencer. Não pode ter bola perdida, nada disso. A gente vinha errando muito, mas agora nossa equipe está diferente, a confiança é muito maior", justificou a meio-de-rede Fabiana.

A disputa pelo bronze entre Coréia do Sul e Japão será realizada às 7h30.