Política Titulo Ribeirão Pires
Volpi prega otimismo e plano B

Prefeito de Ribeirão Pires acredita que candidato do governo, Dedé , será deferido pelo TRE, mas já admite substituição

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
10/08/2012 | 07:23
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Antes mesmo de o TRE-SP (Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo) decidir o futuro político de Edinaldo de Menezes, o Dedé (PPS), indicado pela administração para concorrer ao Paço, o chefe do Executivo, Clóvis Volpi (PV), admite substituição do candidato numa eventual derrota.

O tribunal precisa analisar recurso impetrado pela defesa do popular-socialista, indeferido pela Justiça Eleitoral de Ribeirão no dia 25 de julho. A avaliação feita pelo prefeito é de que, se o vice perder em segunda instância, deverá ser sacado da disputa. "Estamos trabalhando com a hipótese de vencer. Se perdermos no TRE, temos que ter outro candidato. A decisão está na cabeça do juiz. É necessário ter paciência neste momento. O caminho está trilhado. Vamos esperar", declara o verde.

Dedé teve candidatura indeferida após o juiz eleitoral de Ribeirão, José Wellington Bezerra da Costa Neto, entender que o popular-socialista está enquadrado na Lei da Ficha Limpa. O governista foi condenado por abuso de poder econômico nas eleições de 2004 - crime com pena de três anos de inelegibilidade. Com a nova legislação, de 2010, o prazo sobe para oito anos. Como o processo foi transitado em julgado em 2006, o vice-prefeito poderia entrar na disputa somente em 2014, na análise do magistrado. A defesa de Dedé contesta, dizendo que a pena já foi cumprida e ele não pode pagar duas vezes.

A expectativa é de que o recurso seja analisado hoje no TRE. Volpi afirma que, se a sentença for negativa, o candidato substituto será definido com todos os presidentes de partido da base aliada em, no máximo, 72 horas. Pela lei, a coligação tem até dez dias após a notificação para registrar outro nome. O prefeito acredita que o prazo estipulado por ele está de bom tamanho.

Os cotados para a vaga são Rosi de Marco (PV), vice na atual chapa, Marcelo Menato (PR), ex-secretário de Desenvolvimento Econômico, o vereador Jorginho da Autoescola (DEM) e o advogado e candidato ao Legislativo Cezar de Carvalho (PSDB). "Ninguém está autorizado a realizar reunião para discutir nome", desconversa o verde.

O chefe do Executivo não crê que a troca do candidato culmine na derrota do grupo político que atua na cidade há oito anos. "Já vi muita coisa dentro da política. Lembro de candidatos que foram substituídos na semana da eleição e conseguiram ser eleitos. Depende do espírito da tropa", garante Volpi.

Porém, o exército não parece estar na mais perfeita sintonia. Dedé já deixou claro que pretende ir até o fim da briga jurídica e tentar reverter a situação. Após o TRE, o vice-prefeito tem direito de recorrer ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Parte da coordenação da campanha governista entende que o risco de levar o processo para Brasília é alto. Caso os magistrados federais decidam depois da votação de 7 de outubro que Dedé não pode concorrer ao pleito, os votos serão anulados, ou seja, mesmo que ele seja eleito, não poderá assumir o cargo, dando lugar ao segundo colocado. Pode ganhar, mas não levar.




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