Política Titulo R$ 11 milhões
Paço andreense pagará dívida do Instituto de Previdência

Órgão ligado à Prefeitura deve cerca de R$ 11 milhões para unidades hospitalares

Júnior Carvalho
Especial para o Diário
12/03/2014 | 07:05
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Denis Maciel/DGABC


O presidente do IPSA (Instituto de Previdência de Santo André), Remígio Todeschini (PT), afirmou que a Prefeitura vai quitar a dívida que a entidade possui, em torno de R$ 11 milhões, referente a convênios médicos dos servidores do município. Desse valor, R$ 5 milhões são débitos não quitados junto ao Hospital Christóvão da Gama.

Em audiência pública, realizada ontem na Câmara, o dirigente do instituto deixou claro que não há interesse de retomar o contrato com o hospital – suspenso em janeiro – caso a unidade não reveja os valores cobrados pela prestação de serviços. Todeschini informou ainda que, por orientação do TCE (Tribunal de Contas do Estado), novo edital de chamamento será publicado nos próximos 60 dias, a fim de que outros hospitais possam ser credenciados na rede de Saúde do município.

“Para que o convênio com o Christóvão pudesse continuar, seria necessário aumentarmos o valor da contribuição, e isso ninguém quer”, disse o superintendente do IPSA, diante de um plenário recheado de servidores que reclamavam da suspensão do convênio com a unidade.

Em sua explanação, Todeshini apresentou série de tabelas que mostravam os preços exigidos pelo Christóvão da Gama comparados com outros hospitais. Os custos variavam entre 240% e 310%. “Enquanto serviços de cardiologia no Incor (Instituto do Coração) custam R$ 3.000, no Christóvão da Gama nos cobram R$ 10,2 mil. É uma diferença enorme”, argumentou.

Presente na audiência, o diretor técnico do Christóvão da Gama, Marcos Vinício Artemtchonque, justificou que a discrepância de valores acusada pelo instituto se dá, às vezes, pela necessidade de aplicar determinada medicação ao paciente. O representante da unidade hospitalar, no entanto, minimizou a comparação. “O hospital pratica tabelas do mercado do País. Não sei se essa é a forma ideal de conduzir a discussão. A questão é achar uma solução para que os servidores possam continuar sendo atendidos”, discorreu, ao garantir que apenas atendimentos eletivos (agendamentos de consultas) foram suspensos.

O CASO
Em janeiro, o Hospital Christóvão da Gama optou por interromper o atendimento ao município para que a dívida que o Instituto de Previdência de Santo André possui com a unidade pudesse ser liquidada. De acordo com o hospital, diversas negociações foram conduzidas antes do rompimento junto à rede municipal.

Segundo Todeschini, essa questão deverá ser sanada por meio da Secretaria de Finanças, que deverá enviar um projeto de lei à Câmara solicitanto aporte para quitar as dívidas. O dirigente afirmou que a minuta da proposta já chegou ao Legislativo andreense.
 




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