Tucano articula protocolar pedido de apuração de fraude em licitação em São Bernardo
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Único vereador da oposição a não assinar a CPI dos Uniformes na Câmara de São Bernardo, Hiroyuki Minami (PSDB) tem articulado nos bastidores protocolar pedido próprio de investigação de fraude na aquisição de vestimentas escolares no governo de Luiz Marinho (PT).
Na sessão de quinta-feira, o tucano conversou com integrantes das bancadas oposicionista e governista – principalmente o G-12 (grupo de parlamentares que se intitulam independentes), disse que ingressaria com requerimento para instaurar a CPI e que esperava contar com apoio dos colegas.
Segundo alguns vereadores, Minami garantiu que sua solicitação de investigação terá basicamente o mesmo teor da protocolada pelo oposicionista Julinho Fuzari (PPS) – a qual o tucano não avalizou. O texto envolveria as licitações para compra de uniformes, tênis e mochilas, todas sob investigação do Gaeco ABC (Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado), e com desvio comprovado de ao menos R$ 3 milhões.
Nos corredores da Prefeitura, comenta-se que a estratégia política de Minami é dar contragolpe em vereadores governistas que estariam pressionando o presidente da Câmara, Tião Mateus (PT), a contratar empresa especializada para fazer auditoria na construção da sede legislativa. Orçada em R$ 28,4 milhões, a obra idealizada pelo tucano consumiu mais de R$ 34 milhões de recursos da Casa.
O requerimento orientando a mesa diretora a admitir auditoria externa para fiscalizar gastos com a edificação foi aprovado há quase um ano. Nesse meio tempo, Tião realizou pesquisa de mercado, descartou ofertas e não cumpriu proposta referendada pelo plenário da Câmara. Nos bastidores, circula informação de que o governo Marinho nem Minami têm interesse no pente-fino do contrato entre o Legislativo e a empreiteira Cronacon.
Além de Minami, todos os 21 vereadores integrantes da base governista não assinaram requerimento da CPI dos Uniformes. Questionado sobre esse fato, o tucano disse que aguardaria resultado final da investigação do Gaeco que a proposta não poderia partir de ação individual.
Contatado pela equipe do Diário ontem, Minami não retornou às ligações.
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