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Governo se reunirá com investidores no encontro do BID
06/03/2014 | 07:44
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Depois do roadshow na Europa, na semana passada, representantes do Tesouro Nacional voltarão a se reunir com investidores internacionais no encontro anual do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID). Marcada para o período de 27 a 30 de março, a reunião de governadores do BID será realizada no Brasil, na Costa do Sauipe, litoral da Bahia.

Várias instituições financeiras já marcaram reuniões reservadas com o Tesouro, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado. Nos encontros, a área técnica do Tesouro vai detalhar a nova estratégia de diversificação de moedas nas captações externas e falar sobre a perspectiva para a economia brasileira. Representantes das agências de classificação de risco também terão reuniões com a área técnica do governo federal.

O corpo a corpo serve também para o governo brasileiro testar a temperatura do mercado em relação ao País e tirar dúvidas do mercado sobre a estratégia de política fiscal, anunciada no final de fevereiro com a nova meta fiscal para este ano e o bloqueio de R$ 44 bilhões nas despesas do Orçamento. Os rumos da política fiscal são hoje o maior ponto de incerteza dos investidores.

O anúncio do pacote fiscal foi bem recebido inicialmente, mas os primeiros resultados das contas públicas - referentes ao mês de janeiro -, divulgados na semana passada, decepcionaram e provocaram uma piora das expectativas.

O esforço da área econômica agora é reverter esse quadro negativo para evitar o rebaixamento da nota brasileira pelas agências de classificação de risco - um fantasma que assombra a equipe econômica desde o ano passado e que ajudou a piorar o mau humor dos investidores em relação ao Brasil.

Captação

Nessa estratégia de busca da confiança, também está incluída a futura captação do Tesouro no mercado europeu. Na próxima semana, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve receber uma equipe da Standard & Poor?s, que estará no Brasil para fazer a avaliação da economia brasileira e coletar dados para decidir sobre o futuro do rating de crédito do País.

A S&P foi a primeira a agência a promover o Brasil a grau de investimento, em abril de 2008. Até agora, é a única agência que colocou a nota com perspectiva negativa - primeiro passo para o rebaixamento. Por isso, dependendo da avaliação que será feita, a S&P poderá ser a primeira a rebaixar o País - risco que diminuiu depois do anúncio das medidas fiscais e do resultado um pouco melhor do Produto Interno Bruto (PIB) no quarto trimestre de 2013.

A decisão da S&P, que é esperada para até dois meses depois da visita, é vista como um importante balizador para testar a confiança no País. Além do ministro Mantega, a diretora para ratings soberanos para América Latina da S&P, Lisa Schineller, será recebida pelo presidente do Banco Central, Alexandre Tombini, e pelos secretários do Tesouro Nacional, Arno Augustin, e de Política Econômica, Márcio Holland. A agência marcou encontros com economistas do setor privado, segundo fontes do mercado financeiro. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




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