A saída de Élvis expôs situação conturbada no Santo André. Segundo o meia, que acertou transferência para o Juventus, o assessor da presidência Carlos Arini, o Carlito, é “quem realmente comanda” o Ramalhão. Ele afirmou ainda que o dirigente não respeitou sua história no clube e que, por consequência, prontamente aceitou o convite para retornar ao Moleque Travesso mesmo na Série A-3 do Campeonato Paulista.

“Respeito a diretoria, mas hoje quem comanda o Santo André é o Carlito, que não teve esse carinho por mim e por minha história no clube. Tive poucas oportunidades e, se estivesse jogando, poderíamos estar em outra situação, porque tinha condições totais de atuar. Mas respeito as decisões”, disse o atleta, autor do segundo gol andreense na final da Copa do Brasil de 2004, sobre o Flamengo, no Maracanã.

Há três semanas, Élvis teve outra proposta, esta do Paulista, para disputar a Série A-1. No entanto, a diretoria não o liberou. “Naquela oportunidade não aceitaram, mas desta vez eu mesmo não tinha vontade de continuar pelas decisões que vinham sendo tomadas”, emendou o meia. “Sei da minha qualidade e sabia que não ia mudar a situação de estar jogando cinco, dez ou 15 minutos por jogo.”

Carlito, por sua vez, preferiu não polemizar. Elogiou a identificação do jogador com o Ramalhão, mas não foi muito além. “Quem comanda é o presidente (Jairo Livólis) e sempre será assim, existe hierarquia. Prefiro não rebater ou entrar em polêmica. Respeito muito a história do Élvis com o clube, sou profissional e não vou polemizar nada sobre essa situação. Foi ele quem nos pediu para sair e falar é um direito dele”, afirmou o cartola.

O jogador, que reencontrará Luiz Carlos Ferreira no Juventus, afirmou que sai “com o coração partido pelo belo time” que foi montado e “que vai se superar para conseguir subir”. “Fiquei triste, mas tenho que pensar no meu lado. Sou ídolo, mas não sabia se no futuro renovariam meu contrato. Meu amor pelo clube é muito grande, tudo o que tenho foi o Santo André quem me deu”, concluiu Élvis.