Os funcionários das empresas de TI (Tecnologia da Informação) já deram o pontapé inicial na campanha salarial deste ano. Ontem, aconteceu entre empresários e representantes do Sindpd (Sindicato dos Trabalhadores em Tecnologia da Informação do Estado de São Paulo) a segunda rodada de negociação.

Os patrões propuseram que os trabalhadores aceitassem 6% de reajuste salarial e de 6,2% de aumento sobre os pisos. “Houve uma discreta melhora na proposta em comparação com a primeira reunião, quando ofereceram 5,65% de reajuste. Vemos isso como positivo, mas sabemos que não podemos parar por aí”, explica o presidente do sindicato, Antonio Neto.

“É inadmissível que, ante a um crescimento do setor de 5% superior ao incremento do PIB (Produto Interno Bruto), os empresários do segmento apresentem um reajuste que praticamente se iguala à inflação. Muitos deles não querem repassar aos trabalhadores parte da expansão do setor que vem acontecendo ano a ano. Não vamos aceitar um acordo que não amplie os direitos e benefícios dos profissionais da categoria e melhore suas condições de trabalho”, completa o sindicalista.

Uma nova reunião foi marcada para terça-feira, às 14h30. Dentre as cláusulas deste ano estão: aumento linear de salário de 10,09%; obrigatoriedade de negociação de PLR (Participação nos Lucros e Resultados) para todas as empresas; pagamento de vale-refeição de R$ 20 por dia, para trabalhadores com jornada diária acima de oito horas, e de R$ 15 para jornada inferior a esse período; assistência médica para o trabalhador e dependentes sem qualquer ônus; jornada de trabalho de 30 horas semanais para assistentes de apoio ao usuário e operadores (help desk e call center), entre outros itens.

O Sindpd responde por cerca de 110 mil trabalhadores no Estado, sendo que 15 mil atuam no Grande ABC.