Artigo

Nem tudo são flores no País do futebol e da Copa! Ao longo de anos é realizada avaliação a nível mundial, e, segundo essa avaliação, que é realizada pela IBR (International Business Report), sobre o quarto trimestre de 2013, da Grant Thornton, o empresário brasileiro teve queda drástica em 2013 de seu otimismo, perfazendo também drástico recuo de 38 pontos percentuais ao longo do ano passado, colocando o País na singela 32ª posição mundial, contra a 22ª posição que o Brasil ocupava no ranking do trimestre anterior.

O que me preocupa é que, sem sombra de dúvida, esta é a maior queda entre as economias globais, dado que no primeiro trimestre de 2013, o empresariado brasileiro apresentou índice de 48% de otimismo, pois até então acreditava numa melhoria, ficando este otimismo acima da média global de 27%.

Infelizmente, hoje o índice é de 10%, contra os mesmos 27% globalmente avaliados. Este estudo, realizado anualmente, é feito com o número de 12,5 mil empresas em 44 economias, sendo, destas, 300 brasileiras. Esta séria pesquisa revela que as empresas em mercados desenvolvidos querem impulsionar as perspectivas de crescimento global em 2014, enquanto os pares nas economias dos Brics (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) enfrentam período mais desafiador.

Durante o ano de 2013, o otimismo de negócios nas economias do G-7 (grupo do sete países mais ricos) era de menos 16% em comparação com 48% nas economias dos Brics. Porém, no entanto, as perspectivas para 2014 são muito diferentes, com o otimismo no G-7 subindo para 28%, impulsionada por melhorias, como no Japão, Reino Unido e Estados Unidos, aumento de 44 pontos percentuais.

O otimismo nos Brics caiu para 17 pontos percentuais. para 22%, com o Brasil atingindo incrível ponto mais baixo (10%). O pior é que até agora o Brasil não tem conseguido tirar proveito dos grandes eventos a serem realizados no País, como a Copa do Mundo neste ano e a Olimpíada, em 2016.

Ressalto, inclusive, que outro lamentável fato é com relação à demora na construção dos estádios de futebol para o Mundial, tornando vitrine muito negativa internacionalmente para o País, demonstrando a dificuldade de se conviver com a burocracia e o ‘custo Brasil’, que, por sinal, é constante raiz em nosso País. No último trimestre de 2013, entre os executivos consultados no Brasil, 64% preveem aumento das receitas de suas empresas, redução de sete pontos percentuais em relação ao trimestre anterior. Apesar da queda, o Brasil ainda está à frente da média global de 52%.

Erick Rodrigues Ferreira de Melo e Silva é advogado e consultor empresarial.

Palavra do leitor

Estacionar
Parece que os estacionamentos sempre querem chamar a atenção para seus abusos. Esse era em área pública que agora virou particular. Bem na entrada do Riacho Grande, em São Bernardo, antes do farol, há pracinha que foi reformada recentemente. Há também pedaço de asfalto em frente a um bar, defronte à praça. Estacionaria o carro ali, para ir até a feira do verde, mas um senhor disse: ‘Aqui é estacionamento particular’. Então, perguntei se não era público por pertencer à praça. A resposta: ‘Não. Quando a Prefeitura arrumou, nós compramos essa parte’. Não sei se é verdade. Talvez seja golpe, mas tomara que a moda não pegue, pois se assim for, praças também viraram moeda de troca.
Eduardo Fagundes
São Bernardo

Resposta
Em resposta à leitora Maria do Carmo Ribeiro (Os sem-água – 2), atualmente, o sistema eletrônico do Semasa não fornece o tempo de espera devido à implantação do novo PABX, onde ainda estão sendo realizados acertos e melhorias. Para obter informações sobre falta de água, sugerimos, em caso de dificuldades de acesso ao 115, que o usuário acesse o site do Semasa (www.semasa.sp.gov.br), que é alimentado com as mesmas informações fornecidas pelos atendentes ao telefone. Em relação às ocorrências de falta de água, o Semasa informa que alguns setores de abastecimento da cidade têm sofrido com a baixa adução por parte da Sabesp. No mês de dezembro, período específico citado pela moradora, foram 19 dias com baixo adução. O problema atingiu inclusive os reservatórios Vila Vitória, Miguel Ângelo e Paraiso, que atendem à Rua Coronel Seabra.
Semasa

Gravado e filmado
Por mais acostumados que estejamos com a corrupção brasileira, os valores apresentados nas últimas sessões de dezembro no Congresso são de estarrecer. Mas, por maiores que sejam, nenhum é mais eloquente do que o número de larápios de colarinho-branco unidos pelos crimes que cometem contra o povo e o Estado brasileiros. O povo deveria ir às ruas para exigir a criação de lei que colocasse câmeras com som em todos os órgãos públicos, gabinetes e antessalas. Todas as conversas telefônicas seriam ouvidas. Tudo seria filmado e gravado. Enquanto isso não acontece, a imprensa brasileira está dando avanço histórico na qualidade do conteúdo das reportagens investigativas. Sorriam, ladravazes de dinheiro público, vocês estão sendo filmados. A próxima batalha será descobrir meio de recuperar o dinheiro surrupiado do erário. Quiçá, está na guarda provisória dos laranjas!
Francisco Emídio Carneiro
São Bernardo

Até quando, hein? – 1
No Supremo Tribunal Federam, os ministros, ou senhores deuses desse sistema hipócrita, até quando irão julgar a desaposentadoria, direito adquirido diretamente nas urnas?
Manoel Matias da Silva
São Bernardo

Até quando, hein? – 2
Minha reclamação é referente a constantes barulhos com som extremamente alto, todos os fins de semana, a noite inteira no bairro Parque Selecta, em São Bernardo. Já denunciei à polícia, mas não foi resolvido! Qual seria o caminho para buscar solução?
Angélica Cabalhero da Silva
São Bernardo

Coleta
O presidente nacional do PT, Rui Falcão, pedir dinheiro aos militantes de seu partido para dar ao Genoino não dá para acreditar! Quando eu era petista roxo, de carteirinha, amigo dizia-me que o PT não era partido sério. Demorei muito para entender.
Breno Reginaldo Silva
Santo André

Caixa
Será que podemos considerar o confisco de R$ 719 milhões das contas inativas de clientes da Caixa como ‘apropriação indébita criativa’?
Vanderlei A. Retondo
Santo André

Crise carcerária
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que não encontra eco ‘na política nem na sociedade’ para resolver os problemas carcerários do País. Na verdade, ele não encontra eco é no governo do qual faz parte e que está aí há pelo menos 11 anos. Toma vergonha, ministro, e assuma a sua responsabilidade e também a do governo que representa. Do contrário, pede para sair!
Rodrigo Borges Campos Netto
Brasília (DF)