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Reforma de Grana amplia participação petista

Com a posse de novos secretários, número de filiados ao PT aumentou de 13 para 15 no 1º escalão

Fábio Martins
Do Diário do Grande ABC
07/01/2014 | 07:56
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Nario Barbosa/DGABC


A reforma administrativa efetivada ontem pelo governo do prefeito de Santo André, Carlos Grana (PT), expandiu a participação petista no primeiro escalão. Com a posse de quatro secretários, filiados ao PT passaram de 13 para 15 dentro do secretariado.

O agora secretário de Governo, Arlindo José de Lima (PT), e Silmara Conchão (PT), que ficará à frente da Pasta de Política para Mulheres, reforçaram o time de correligionários. Na reestruturação, foram seis mudanças formalizadas, sendo dois remanejamentos.

Ambos contemplados petistas, Arlindo e Silmara já faziam parte da administração Grana nos cargos comissionados de chefe de Gabinete e assessor especial, respectivamente. Das 24 Pastas existentes, 62,5% são comandadas pelo petismo. Esse número sobe para 83,3% se contabilizados aliados que não possuem coloração partidária. Sem filiação, Marta Sobral deixa a Diretoria de Lazer para ser alçada à Secretaria de Esportes. Cícero Martinha (PDT), novo titular de Trabalho e Renda, é o único que estava fora da lista de remunerados do Paço.

Apesar da alta representatividade, Grana reforçou a abertura a legendas do arco de alianças no evento de oficialização da reforma. “As alterações não são (com componentes) do mesmo partido. Estamos fazendo gestão pluripartidária com aquelas pessoas que querem o melhor para Santo André”, alegou. Em quatro mandatos da sigla na cidade, é a primeira vez que o petismo dá esse espaço no primeiro escalão, a exemplo do PT no âmbito federal, que utilizou da mesma estratégia a partir do segundo mandato do ex-presidente Lula.

Dentro das adequações, Tiago Nogueira (PT), antes titular de Gabinete, se tornou secretário de Relações Institucionais, e o ex-prefeito João Avamileno (PT), que ocupava a Pasta de Governo, assume Direitos Humanos. Até hoje, Grana não alterou o alto escalão, mantendo os nomes desde janeiro do ano passado e reafirmou o modelo. “Não há disposição da minha parte (em mudar). Agora, este ano é de intensa movimentação política. Por isso, não posso descartar, mas a predisposição é concluir o mandato com a mesma equipe. Estou satisfeito.”

A reorganização administrativa foi anunciada mesmo antes de o prefeito tomar posse, no fim de 2012. A demora para sua execução aconteceu devido a dois fatores: o primeiro se deu pela dificuldade em obter maioria governista na Câmara no primeiro semestre. O segundo incidiu depois dos protestos populares de junho. Grana recuou da proposta onerosa que geraria gastos da ordem de R$ 12 milhões ao ano. A atual adotada vai impactar, segundo a Prefeitura, em R$ 820 mil no período.
 




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