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Inflação de dezembro tem impacto da alta da gasolina

IPC-S sobe 0,69% e acumula em 2013 elevação de 5,63%,
acima da meta do governo de 4,5%

Pedro Souza
Do Diário do Grande ABC
03/01/2014 | 07:24
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Denis Maciel/DGABC


O reajuste da gasolina de 4% anunciado pela Petrobras no dia 29 de novembro apresentou impacto na inflação das famílias em dezembro. Esta é a constatação do Ibre-FGV (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas), por meio da pesquisa do IPC-S (Índice de Preços ao Consumidor – Semanal).

A inflação média para as famílias com renda entre um e 33 salários-mínimos atingiu 0,69% no mês passado. Uma das maiores contribuições para o resultado foi o aumento de preço do combustível fóssil, que encareceu 3,93%. Desta maneira, o grupo de despesas transportes apresentou a maior variação média do indicador, com alta de 1,20%.

Por outro lado, o único grupo de gastos, de oito que compõem o índice, que teve queda, foi o comunicação, de 0,07%.

ALTAS - A segunda maior inflação ficou no grupo alimentação. O Ibre-FGV captou 0,93% de incremento médio nos custos desses produtos. Para o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo Sandro Maskio, é comum esse avanço nos preços principalmente por causa do aumento da demanda dos alimentos sazonais de Natal e Ano-Novo.

Segundo o Ibre, o comportamento das carnes bovinas teve destaque, com aumento nos valores de 2,82%.

Saúde e cuidados pessoais apresentou a terceira maior variação, de 0,53%. Neste caso, os medicamentos tiveram as maiores elevações de preços, com alta de 0,17%.

Em seguida aparecem os grupos habitação (0,51%), vestuário (0,50%), educação, leitura e recreação (0,47%) e despesas diversas (0,38%).

O IPC-S é calculado com base nos preços coletados entre os dias 1º e 31 de dezembro e comparados aos registros entre 1º e 30 de novembro.

ACUMULADO - Considerando a inflação acumulada em 2013, o indicador captou crescimento de 5,63%. “Tendo em vista todos os esforços do governo federal, principalmente com a alta dos juros de 7,25% ao ano para 10% (da Selic), mesmo considerando que o impacto não seria imediato, a inflação está alta”, avaliou Maskio. A meta do governo é de 4,5% ao ano.

Esse é o primeiro índice publicado com a variação média de preços. Conforme o Ibre-FGV, as refeições feitas em bares e restaurantes tiveram a maior contribuição positiva para a inflação acumulada no ano, tendo em vista que o preço médio avançou 9,41%. Em seguida apareceram aluguel residencial, com alta de 9,30%, plano de seguro de saúde, com 8,08%, gasolina, com 6,37% e empregada doméstica mensalista, com 7,80%.

Mas nem tudo pesou mais no bolso dos consumidores. A tarifa de eletricidade residencial, por exemplo, acumulou deflação de 15,08% no ano – devido à redução da conta de luz definida pelo governo em janeiro.
 




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