Cultura & Lazer Titulo Humor
A grande arte da imitação

Humorista Rudy Landucci, de 29 anos, ganha
prestígio ao fazer tipos conhecidos no stand-up

Luís Felipe Soares
Do Diário do Grande ABC
28/12/2013 | 09:14
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Divulgação


Como tantos outros garotos brasileiros, Rudy Landucci sonhava em ser jogador de futebol. O paulistano tinha certo potencial e fez testes em alguns clubes, mas acabou não seguindo a carreira. Foi durante os treinos que ele percebeu seu talento para fazer os colegas rirem. As imitações e as tiradas durante o colégio foram os primeiros passos no universo do humor.

Hoje, aos 29 anos, o rapaz desponta como uma das revelações da comédia brasileira. Suas apresentações constantes no programa Altas Horas, da Globo, nas noites de sábado, fizeram com que fosse apresentado ao grande público. “A oportunidade de ter meu espaço no Altas Horas é maravilhosa. A repercussão é muito grande, não importa o tempo que eu apareça, seja por dois ou 20 minutos”, diz Landucci, que passou pelo extinto Saturday Night Live Brasil, da RedeTV!, no ano passado, e desde o mês passado participa da bancada do esportivo Estádio 97, da rádio Energia 97. “Ainda não sei se estou realmente conhecido, mas o resultado está sendo bem legal. Viver de comédia é um sonho. No Brasil, hoje temos essa opção.”

Em suas participações, ele faz mescla de estilos. Parte da performance é no formato de stand-up comedy, na qual faz engraçadas observações sobre fatos do cotidiano. O diferencial está em torno de suas imitações. É por meio da personificação de diversas personalidades públicas – muitas delas presentes na atração comandada por Serginho Groisman – que ele faz as tiradas. “Eu converso com o Serginho e vemos qual será o convidado da noite. Daí pensamos como seria essa homenagem e eu monto o texto em cima desse personagem”, explica. Seu contrato com a emissora foi renovado por mais um ano e um espetáculo solo irá viajar pelo País no primeiro semestre.

REPERTÓRIO - No repertório do paulistano estão versões de figuras como os cantores Michel Teló e Dodô (vocalista do grupo Pixote), o locutor Galvão Bueno e os técnicos de futebol Felipão e Tite. Ele revela que seu Zeca Pagodinho foi mais do que aprovado pelo verdadeiro sambista, mas lembra que o roqueiro Dinho Ouro Preto (do Capital Inicial) não riu muito com a brincadeira. “Na imitação, você pode pegar no calo da pessoa, mas trabalho na forma de brincar. Não posso controlar o que os imitados vão achar . Se não gostarem, paciência.”

A transformação mais popular de Landucci é no rapper Mano Brown, dos Racionais MC’s. Com boné, algumas correntes e bigode e tatuagens falsos, ele abusa da voz grave para colocar a seriedade do compositor em situações nada típicas, principalmente no comando de entrevistas. “Com certeza a imitação do Mano Brown me ajudou bastante. É importante lembrar que não é algo real porque não convivo com ele. Faço um verdadeiro personagem. Meu sonho é fazer a imitação na frente dele, mas acho que é uma ideia meio distante”, lamenta. A esperança e o bom humor são os últimos a morrer.
 




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