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Audiência pública para discutir Código de Obras só para 2014

Técnicos do Paço de Mauá não conseguem sanar dúvidas dos vereadores, que adiam sessão

Cynthia Tavares
Do Diário do Grande ABC
20/12/2013 | 07:27
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Nario Barbosa/DGABC


Projeto considerado estratégico pelo governo do prefeito de Mauá, Donisete Braga (PT), o Código de Obras só será discutido no ano que vem. Prevista para esta semana, audiência pública sobre o tema não foi realizada porque vereadores optaram por entrar em férias antes de debater o assunto com engenheiros e construtores da cidade.

Os parlamentares alegaram também que o adiamento ocorreu porque a equipe técnica da Pasta de Planejamento, responsável pela elaboração da propositura, não conseguiu responder todos os questionamentos feitos pela Casa.

Foram dois encontros entre Executivo e a Câmara para tentar sanar as dúvidas. Mas existem pontos ainda divergentes e o consenso em torno do texto ainda é algo que precisa ser conquistado. “Resolvemos deixar a audiência para o ano que vem. Assim as dúvidas poderão ser respondidas”, afirmou o presidente do Legislativo, Paulo Suares (PT).

O principal ponto da discórdia está no índice permitido para construção vertical: 1,5 vez a metragem da área. Caso o construtor precise de mais espaço, terá de pagar outorga onerosa de 75% sobre o valor venal do terreno, taxa que não existe atualmente. Se depositar essa quantia, o empreiteiro recebe autorização para edificar até quatro vezes o tamanho do lote.

Grupo de vereadores defende que o limite deve ser aumentado para seis vezes a metragem, tendo em vista que a cobrança tem valor alto. A proposta de modificação está sendo discutida com os técnicos do Paço.

As mudanças têm como objetivo dificultar a verticalização do município, palco de diversos empreendimentos, após a inauguração da alça de acesso ao Trecho Sul do Rodoanel. O governo alegou que os prédios aumentam a dependência dos serviços públicos e que a futura demanda não consegue ser absorvida pela administração.

Os construtores da cidade serão convidados a participar da audiência pública e ouvir sugestões de mudanças antes que a matéria seja encaminhada para votação em plenário.

O começo do ano em Mauá promete ser agitado. Além do Código de Obras, a criação da MauáTrans, que também não é um consenso, entrará na ordem do dia nas primeiras sessões de 2014.
 




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