Apenas São Caetano e Rio Grande da Serra ficaram de fora da lista de queda real – com desconto da inflação – no PIB (Produto Interno Bruto) da região.

Menor cidade em área, com 15,6 quilômetros quadrados, e 149 mil habitantes, São Caetano apresentou incremento de 0,39% na produção de riquezas em 2011. Segundo dados da Fundação Seade, o município teve R$ 11,76 bilhões de valor adicionado (o quanto foi gerado em riquezas) na época. Em 2010, o registro foi de R$ 11,71 bilhões.

“Neste caso, há muita participação de grandes empresas que estão na cidade, como a Petrobras, General Motors e Casas Bahia”, avaliou o professor de Economia da Universidade Metodista de São Paulo e coordenador do Observatório Econômico da instituição de ensino, Sandro Maskio.

No entanto, ele destacou que não há muito a se comemorar, pois a indústria da cidade também não colheu bons frutos, como ocorreu no restante da região. “Tanto que alta de 0,39% é quase uma estabilidade”, acrescentou.

Rio Grande da Serra, por sua vez, foi a dona da maior ascensão na região, com alta de 2,06%. Passou de R$ 529 milhões, em 2010, para R$ 518 milhões, em 2011.

“Neste caso, é necessário considerar que a estrutura econômica de Rio Grande da Serra é ímpar em relação ao restante da região (com poucas indústrias). Muitas vezes, um investimento ou movimento de única empresa pode gerar grande impacto no PIB”, explicou Maskio.

Os valores são a preços de 2011. As variações, e os valores de 2010, são corrigidos monetariamente pelo IPCA-SP (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo – Grande São Paulo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Este é um dos indicadores mais próximos da realidade da região.

DECRÉSCIMOS - São Bernardo deteve a maior retração do PIB entre os municípios da região. Atingiu R$ 36,33 bilhões, recuou de 4,11%. No entanto, continuou com a quinta posição estadual de maior atividade econômica.

No topo da lista aparecem a Capital, com R$ 477 bilhões, seguida por Guarulhos, com R$ 43,47 bilhões, Campinas, com R$ 40,52 bilhões, e Osasco, com R$ 39,28 bilhões.

Santo André ficou com a segunda maior queda no PIB dentro do Grande ABC, com recuo de 3,90%. Atingiu R$ 17,66 bilhões em 2011. O resultado fez com que sua posição no ranking estadual caísse de décimo para 12º lugar.

Mauá apresentou retração de 2,48% na atividade econômica na comparação anual. O PIB da cidade atingiu R$ 7,63 bilhões, suficiente para a manutenção do 23º lugar na lista estadual dos maiores resultados.

Diadema atingiu R$ 11,78 bilhões, decréscimo de 1,67% e manutenção da 13ª posição no ranking estadual dos maiores PIBs. Ribeirão Pires registrou R$ 1,97 bilhão, 1,66% menor do que em 2010, caindo para o 87º lugar no Estado, ante o 86º do ano anterior.