Estudos encomendados pela Codesp (Companhia Docas do Estado de São Paulo) já apontaram para previsão de 193 milhões de toneladas a serem movimentadas em 2024 pelo Porto de Santos, embora outros especialistas acreditem que, se o atual nível de evolução for mantido, é possível que essa projeção seja alcançada em menos de uma década. E que, em 2024, o porto já esteja às voltas com 230 milhões de toneladas movimentadas.

Diante disso, fica claro que com a atual matriz de transporte não será possível enfrentar esse crescimento, sob pena de o País sofrer caos logístico sem precedentes e com prejuízos incalculáveis para todas as partes intervenientes no comércio exterior. Para evitar esse quadro catastrófico, obviamente, algumas medidas terão de ser tomadas.

É consenso que a principal dessas medidas será aumentar a participação da ferrovia no transporte de cargas dos atuais 15% para pelo menos 60%, a exemplo do que ocorre em portos como o de Hamburgo, na Alemanha, e Houston, nos Estados Unidos. Para tanto, seria necessário que houvesse por parte do governo federal esforço concentrado para a conclusão do Ferroanel, projeto que surgiu há quase 60 anos para ligar o Norte ao Sul do País, mas que ainda está longe de sua conclusão.

Mas não é só. O que se percebe é que, ao contrário do que ocorria antes da lei número 8.630/92, a antiga Lei de Modernização dos Portos, hoje não há gestão pública para o ordenamento da entrada e saída de vagões no Porto de Santos. Para piorar, há ainda escassez de pátios.

Como a nova Lei dos Portos (número 12.815/13) não contempla devidamente o modal ferroviário, o que se verifica é a ausência total de normas que monitorem e regulem as manobras nos ramais ferroviários do porto. Para agravar ainda mais a situação, a nova legislação não obriga a construção de pátios ferroviários nos novos TUPs (Terminais de Uso Privativo) com o objetivo de viabilizar a integração com outros modais e facilitar o escoamento das cargas.

Tudo isso se reflete nos congestionamentos constantes que ocorrem nas rodovias e vias de acesso ao porto. Portanto, para aumentar a eficiência portuária, será preciso pensar em plataformas multimodais, o que equivale a dizer que é fundamental acelerar o funcionamento do modal ferroviário.

Mauro Lourenço Dias é engenheiro eletrônico, vice-presidente da Fiorde Logística Internacional, de São Paulo-SP, e professor de pós-graduação em Transportes e Logística na Unicamp.

Palavra do leitor

Liberação

O que dirão os brasileiros sobre a decisão do governo de libertar da prisão 20% dos criminosos, vistos pelo seu dirigente, certamente, como amigos e companheiros? O que dirão os policiais que arriscaram a vida para prendê-los ao concluir que seus colegas morreram em vão, pelas mãos dos vadios, soltos por ordem superior? Serão mais de 85 mil condenados, agora, sob vigilância eletrônica, não mais atrás das grades, onde deveria estar a banda larga e podre das autoridades deste País. Que fizemos nós, brasileiros, aos céus, para sofrer com a presença desses corruptos bárbaros, cujo desejo insano é a destruição de tudo o que foi conquistado com o sacrifício da parte da sociedade que não mede esforços para levantar este gigante atado e amordaçado? E a outra parte da sociedade? Que continue a rastejar como réptil, conforme afirmou em um dos seus improvisos o seu chefe supremo.

Francisco Emídio Carneiro

São Bernardo

Resposta

Em resposta à carta do leitor Donizeti Raddi (Providências, já!, dia 10), a Prefeitura de Santo André, por meio do DST (Departamento de Segurança e Trânsito), informa que a Rua Santo André é via secundária, ligando a Rua Guilherme Marconi à Rua Coronel Fernando Prestes. Ressaltamos que não há registro de problemas potenciais nessa via. Quanto ao estacionamento irregular, informamos que, independentemente do local, qualquer reclamação recebida é tratada igualmente pela CMT (Central de Monitoramento e Trânsito). A informação de que não temos guincho disponível não procede, visto que a CMT e os guinchos trabalham 24 horas, sete dias por semana e atendem pelo telefone 0800-7703194.

Prefeitura de Santo André

Sexta-feira, 13

Não poderia ser mais adequada a data escolhida pelos militantes petistas para ato de desagravo aos presos do partido: sexta-feira, 13, sinônimo de mau agouro.

Ronaldo Gomes Ferraz

Rio de Janeiro

Está entregue!

A rotatória da Avenida André Ramalho, em Santo André, está com várias tartarugas olho de gato quebradas e muitas faltando desde a metade do mês de julho. Liguei para a Prefeitura, dia 8 de agosto, solicitando o reparo e me foi informado que seria realizado até dia 23. Já se passaram mais de quatro meses e até agora, nada. Nem os atendentes na Prefeitura sabem o porquê de tamanho descaso e abandono. Pelo que deu a entender, a Prefeitura se nega a realizar o pedido. A Rua Tumiaru, onde moro, até o dia 2 deste mês registrava 19 buracos, isso sem contar os pequenos. E o número vai aumentando cada vez mais. Já fora pedido o conserto das crateras desde o fim de outubro, mas, como era de se esperar da Prefeitura, nada. A avaliação desta administração neste ano é ‘zero’, porque temos necessidades de vários serviços. E o pior é que ainda vem a este Diário dizer que está trabalhando. É só conferir as ruas da parte Leste, as que circundam o terminal de ônibus, o viaduto que passa pela rodoviária e inúmeros outros pontos. Cadê a Prefeitura, hein?

William Borges

Santo André

Cidade São Jorge

Informamos que a região do bairro Cidade São Jorge é atualmente atendida por três linhas regulares de ônibus (T-23 São Jorge/Estação Santo André, I-02 São Jorge/Ana Maria e B-21 São Jorge/ bairro Campestre), com total de 39 veículos, e intervalos médios entre carros, em dias úteis, de oito, nove e dez minutos, respectivamente, conforme determinação do gestor municipal. No dia 20, feriado da Consciência Negra, mesmo com os transtornos de trânsito causados pelas atuais obras de melhoramento na região da Avenida Giovanni Battista Pirelli, apenas no período entre 19h41 e 21h30 , foram realizadas 36 viagens de atendimento àquela região da cidade, facilmente comprovadas pelos equipamentos GPS instalados em todos nossos veículos. Portanto, não procede a alegação de que no período entre 20h e 21h20, do dia 20, não teria ocorrido nenhuma viagem à região do bairro Cidade São Jorge. De toda forma, reafirmamos nosso firme propósito em buscar, constantemente, aprimorar e qualificar nossa prestação de serviços de transportes de passageiros em Santo André.

Consórcio União Santo André

Base Operacional 1