Política Titulo EXERCÍCIO DE 2011
Câmara empurra contas de Auricchio para ano que vem

Gastos executados pelo ex-prefeito de S.Caetano tem aval do TCE, mas precisa do crivo parlamentar

Gustavo Pinchiaro
do Diário do Grande ABC
07/12/2013 | 07:32
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 A Câmara de São Caetano empurrou a votação das contas de 2011 do ex-prefeito e atual secretário paulista de Esporte, Lazer e Juventude, José Auricchio Júnior (PTB), para o ano que vem. O processo que foi aprovado pelo TCE (Tribunal de Contas do Estado) não foi incluído na ordem do dia da última sessão ordinária do ano, que será terça-feira.

A expectativa era de que as contas fossem votadas ainda neste ano. De acordo com o primeiro secretário da Câmara, Pio Mielo (PT), não houve nenhuma manobra regimental para prejudicar a avaliação. “Respeitou-se os prazos regimentais. As contas foram enviadas no dia 14 de outubro pelo TCE. A partir desse instante, temos 90 dias para apreciar o parecer. Passaram apenas 52 dias. Recesso não entra na conta. Em fevereiro, o presidente colocara em votação”, afirmou o petista.

O registro financeiro de 2011 mexeu com os bastidores políticos de São Caetano. Auricchio é o principal adversário do prefeito Paulo Pinheiro (PMDB) e a rejeição das contas no plenário da Câmara poderia complicar a situação do petebista. A movimentação do Palácio da Cerâmica foi ao encontro ao adiamento da votação.

Líder de Pinheiro no Legislativo, Jorge Salgado (Pros) garantiu que não houve nenhuma interferência do Paço. “Recebi a ordem do dia hoje (ontem) e não vieram as contas. Não tem orientação nenhuma do prefeito. A agenda quem faz é a presidência. Havia uma disposição de ser votado neste ano, mas tem prazo e não tem problema nenhum atrasar”, comentou Salgado.

Auricchio ficou no comando do Palácio da Cerâmica por oito anos – de 2005 a 2012 – e obteve pareceres positivos do TCE em todas suas prestação de contas. A de 2012, entretanto, ainda está sendo avaliada pela corte. A aposta da gestão peemedebista é que o tribunal constate erros justamente nesse ano. O motivo seriam os restos a pagar de R$ 264,5 milhões que Pinheiro afirma ter herdado de seu antecessor. Auricchio confia na aprovação.




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