Economia Titulo Para manutenção
Parada da Braskem vai movimentar região em 2014

Polo Petroquímico vai gerar 3.000 vagas no ano que vem
para reforma e troca de equipamentos

Leone Farias
Do Diário do Grande ABC
07/12/2013 | 07:28
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A Braskem, companhia que tem fábricas no Polo Petroquímico do Grande ABC, vai fazer no ano que vem uma parada de manutenção nessas unidades fabris, o que deve ajudar a movimentar a economia da região.

A interrupção de atividades, necessária para obras de reparo e modernização dos equipamentos, deverá ocorrer só em setembro e vai durar apenas de 35 a 40 dias, mas será importante, pois a iniciativa deve gerar 3.000 contratações adicionais, que têm de ser feitas sobretudo por fornecedores e prestadores de serviços, em períodos variáveis, ao longo de todo o ano. A empresa hoje conta com 4.000 empregos diretos e indiretos no local, ou seja, quase duplicará o contingente de trabalhadores nessas fábricas do polo.

O gerente de Relações Institucionais da Braskem, Flavio Chantre, cita que a empresa dará prioridade à mão de obra local. Para isso, já foi fechado convênio com a unidade do Senai em Mauá, a fim de qualificar profissionais para trabalharem na parada, em funções que vão de caldeireiro e soldador a alpinista industrial, entre outras. A escola já vem formando operadores de petroquímica, em acordo com a Braskem, por meio de capacitação específica para esse segmento.

Melhorar a capacitação de profissionais da área química e petroquímica é um dos desafios para que o segmento se torne mais competitivo, concordam empresários e sindicalistas do ramo. Segundo o presidente do Sindicato dos Químicos do ABC, Paulo Lage, hoje já há um deficit de mão de obra no segmento, pois muitos trabalhadores, quando buscam avançar nos estudos, acabam sendo atraídos para outras áreas. “A rotatividade é alta (gira em 27%) por vários fatores. Ou ele (o trabalhador) sai para buscar algo melhor ou também a empresa, após algum tempo, por exemplo, cinco anos, o dispensa”, afirma. Para Lage, isso é contraditório. “Ao mesmo tempo em que é alto o índice de emprego, há recorde de pagamento de seguro-desemprego”, observa.

Na região, existem atualmente cerca de 900 indústrias do segmento (incluindo empresas de plástico, cosméticos, tintas e farmacêuticas e produtos de limpeza), que empregam 40 mil pessoas. O sindicalista afirma que a perspectiva, com o crescimento da atividade nos próximos anos, é que haja 60 mil trabalhadores até 2025.
 




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