A Caixa Econômica Federal pretende assinar até o fim deste ano contrato para construção de mais 4.828 unidades habitacionais do programa Minha Casa, Minha Vida no Grande ABC, destinadas a famílias com renda de até R$ 1.600. Neste ano, 1.524 já foram contratadas, sendo 448 em Diadema, 956 em Mauá e 120 em Santo André. As demais moradias serão construídas em Mauá (1.036 unidades), Ribeirão Pires (784), Santo André (1.648) e São Bernardo (1.360). Assim, o banco federal pretende encerrar 2013 com verba liberada para 6.352 imóveis.

Quem garantiu o prazo foi o superintendente regional da Caixa, Everaldo Coelho da Silva, durante assinatura de repasse de verbas provenientes de emendas parlamentares em Ribeirão Pires (leia mais ao lado).

“O investimento do governo federal é de R$ 76 mil por unidade, e ainda contamos com R$ 20 mil do governo estadual, por meio do programa Casa Paulista. Porém, na Região Metropolitana, a aprovação dos projetos leva mais tempo por conta do preço elevado dos terrenos.” O superintendente explica que é preciso ter criatividade para atrair empresas interessadas nos projetos e, assim, viabilizar as moradias.

Além das 6.352 unidades habitacionais que serão assinadas até o fim deste ano, Silva informou que atualmente há projeto de outras 11 mil moradias da região em estudo na Caixa.

VERTICALIZAÇÃO

O superintendente destacou ainda a necessidade de verticalizar os projetos, cada vez mais urgente em regiões adensadas como o Grande ABC. “Estamos em diálogo com o Ministério das Cidades para que se possa autorizar esses projetos, pois eles achavam que não seria adequado erguer um prédio alto onde não há nenhum. Porém, eles visualizavam uma realidade brasileira, que é diferente da realidade da Região Metropolitana e do Grande ABC, onde há prédios altos espalhados por todos os lados.”

Em Santo André, o prefeito Carlos Grana (PT) já anunciou a intenção de construir unidades do programa com elevador movido a energia solar, conforme o Diário informou em novembro. Para sair do papel, porém, a iniciativa depende da aprovação do Ministério das Cidades, que repassa o investimento para construção das unidades. “Para a malha urbana, esse é o modelo ideal daqui para frente”, destaca Silva.

Vila do Doce vai passar por revitalização

A Prefeitura de Ribeirão Pires assinou ontem com a Caixa Econômica Federal repasse de R$ 2,7 milhões em emendas parlamentares ao Orçamento Geral da União que possibilitarão a revitalização da Vila do Doce, recapeamento da Avenida Ribeirão Pires e pavimentação da Rua Salvador Ripoli.

Na Vila do Doce serão investidos R$ 850,2 mil na reforma de toda a estrutura, pintura, troca de pisos e cobertura. “A ideia é que a obra seja iniciada ainda em janeiro e demore entre 45 e 60 dias para ficar pronta. Precisa ser rápido, os comerciantes não podem ficar parados”, destaca o prefeito Saulo Benevides (PMDB).

No recapeamento da Avenida Ribeirão Pires serão investidos R$ 858,4 mil. “Trata-se de reivindicação antiga dos moradores da região da Vila Aurora e Vila Suíssa”, garante o chefe do Executivo.

Já a pavimentação da Salvador Ripoli, que fica em área industrial, receberá R$ 1,1 milhão e contemplará indústrias localizadas na via. A previsão é iniciar as obras viárias também em janeiro.

O prefeito anunciou ainda o repasse de mais R$ 10 milhões do governo federal para o teleférico da cidade. “O projeto executivo deve ser finalizado até o fim do mês, mas acredito que a obra custará em torno de R$ 15 milhões.” A cidade já conta com repasse de R$ 3,4 milhões do Estado.