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São Bernardo é mercado prioritário para Accor Hotels

Em 2016, a cidade receberá a nova marca da rede, a Adagio apart-hotéis, e duas unidades Ibis

Andréa Ciaffone
do Diário do Grande ABC
06/12/2013 | 07:07
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Divulgação


Berço da indústria automotiva e uma das primeiras regiões brasileiras a se integrar ao mundo da produção globalizada, o Grande ABC é visto como uma terra de oportunidades para a indústria hoteleira.

Prova disso é que a Accor Hotels, líder mundial em operação hoteleira e do mercado europeu, com presença no Brasil desde os anos 1970 com diversas marcas, está apostando alto na região. Em 2016, vai inaugurar um complexo hoteleiro, o Mondial São Bernardo, que está sendo construído pela Setin Incorporadora em frente ao Shopping Metrópole, e que trará unidade do Ibis, do Ibis Budget (antigo Formule 1) e da muito aguardada unidade da marca Adagio apart-hotéis.

ADAGIO - Ontem foram inauguradas, oficialmente, as primeiras sete unidades da marca Adagio no Brasil, quatro em São Paulo (Brooklin, Itaim, Moema e Santana), uma em Porto Alegre, uma em Belo Horizonte e uma em Curitiba. “Até 2017, serão 30 unidades que somarão total de R$ 230 milhões em investimentos dos nossos parceiros”, diz o diretor de operações da Adagio na América Latina, Patrick Mendes.

Para estabelecer rapidamente a marca no Brasil, a Accor optou por transformar imóveis já existentes nas sete unidades que estão sendo inauguradas. Para isso, foram investidos R$ 30 milhões. No projeto de São Bernardo, que será construído do zero, no entanto, a previsão de investimento é de R$ 20 milhões.

“Estamos com grandes expectativas para essa unidade, porque ela é um projeto que foi concebido especialmente para atender às especificações da marca. Além disso, está numa localização espetacular”, entusiasma-se o executivo. “No caso específico de São Bernardo, nossas pesquisas indicaram que há grande demanda na região por hospedagem de longa duração, que é exatamente a proposta da marca Adagio”, revela. “Hoje, muitos dos executivos de outras partes do Brasil e do mundo que vêm atuar em projetos na região acabam sendo obrigados a se hospedar em São Paulo por falta de opção.”

PROGRESSÃO - O principal diferencial da marca Adagio é atender as necessidades de quem fica mais tempo em uma cidade. Por isso, os apartamentos são divididos em quarto e sala, têm cozinha completa (com armários, fogão, pia e utensílios domésticos) e guarda-roupas maiores. Para hospedagem de até três noites, a limpeza é diária. Para estadias maiores, a limpeza é semanal, a menos que o hóspede solicite mais.

O preço das tarifas também busca privilegiar o hóspede que fica mais tempo. “Considerando a tarifa cheia, conforme a estadia aumenta, os descontos na diária podem chegar a 60%”, explica Mendes. Por exemplo, nas unidades paulistanas, a tarifa para hospedagens curtas, de uma a três noites, fica em torno de R$ 450, valor que vai decrescendo conforme o período aumenta. A partir de 25 dias, por exemplo, a diária passa a custar R$ 180.

“O padrão de qualidade é quatro estrelas plus e inclui lista de itens de conforto obrigatórios. Mas, nos adaptamos aos costumes de cada cidade, tanto que o visual da decoração varia de acordo com o estilo de cada localidade. Por isso, contratamos sempre arquitetos e designers de interiores locais para dar esse toque”, diz a CEO da marca, Martine Balouka-Vallette.

“Há unidades que são procuradas quase que exclusivamente por clientes corporativos, que é o que acreditamos que será a vocação de São Bernardo. Outras, como Nice e Berlim, são destino de férias em família”, diz Martine.

Hoje, com mais de 100 unidades, a marca Adagio vem crescendo rapidamente. Até 2016 serão 150 hotéis. Outra vitória é que a rede vem registrando média de ocupação anual de 85%. “O segredo é a longa estadia. Graças a esse conceito, não sofremos com o esvaziamento nos fins de semana nem em baixa estação”, revela a executiva.

De acordo com o diretor nacional de operações José Ramos Filho, foi preciso mostrar aos investidores que, com a marca Adagio, o conceito de apart-hotel tinha dado um salto evolutivo e trazia nova proposta, mais atual e global. Muita gente que investiu em flats nos anos 1980 e 1990 ganhou muito dinheiro por muito tempo, mas também se decepcionou com a crise desta modalidade de investimento em hotelaria. “O conceito do Adagio traz novo sopro de vitalidade a esse tipo de investimento”, diz Ramos. O conceito ao qual o executivo se refere tem a ver com a administração das unidades; neste caso, não há possibilidade de compra individual de apartamentos, tudo é administrado pela rede hoteleira.
 




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