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Ação dispersa viciados na Vila Guiomar

Prefeitura e Polícia Civil se unem para tentar coibir o consumo de crack nas ruas do bairro

Natália Fernandjes
Rafael Ribeiro
04/12/2013 | 07:00
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André Henriques/DGABC


Prefeitura e Polícia Civil de Santo André se uniram na manhã de ontem para colocar em prática uma ação para coibir a proliferação de viciados em crack nas ruas da Vila Guiomar, problema revelado pelo Diário em diversas ocasiões.

Equipes policiais do Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) e da Secretaria de Inclusão Social abordaram 11 homens e 15 mulheres. Somente três usuários, no entanto, aceitaram seguir tratamento na rede municipal de atenção psicossocial, segundo dados divulgados pelo Executivo.

“A principal dificuldade é a resistência, porque são pessoas que já estão em situação de risco sério e quase sem vínculo com a família”, disse a diretora do departamento de Assistência Social da cidade, Márcia Leal.

Segundo ela, a cidade mantém, atualmente, 100 moradores de rua em atendimento contínuo após acolhimento. “Temos pessoas que demoraram de cinco a seis anos para aceitar atendimento”, destacou.

No lado policial, um dos averiguados estava sendo procurado pela Justiça de São Caetano. Chamou a atenção, no entanto, um casal, ela com 28 anos e ele com 35, que estava com diversos cartões de terceiros e até as chaves de um carro, tudo produto de furto.

“O objetivo principal é tirar essas pessoas da rua. A polícia tenta apenas dar apoio. É um problema principalmente de Saúde”, destacou o delegado seccional de Santo André, Ângelo Isola.

Segundo ele revelou, a ação foi apenas a primeira de outras que deverão acontecer. Ontem, no fim da tarde, após as autoridades deixarem o local, alguns viciados voltaram a circular pelas ruas do bairro.

“A ideia era fazer apenas uma e resolver de vez o problema”, disse Isola. “Mas a gente sabe das dificuldades. Infelizmente muitos não têm opção e retornam”, completou o delegado. Segundo foi apurado pela polícia, a maioria dos usuários não é de Santo André, e chega de outras cidades próximas para poder consumir a droga nas ruas.

Moradores de conjuntos habitacionais vizinhos à cracolândia andreense, os que mais sofrem com o problema, acompanharam a ação de perto e esperam que o problema seja resolvido de uma vez.

“Não aguentamos mais. Ninguém consegue dormir porque eles (viciados) passam a noite gritando e se drogando. Além disso, eles se prostituem e fazem necessidades fisiológicas na rua e calçada”, disse um morador.

O poder municipal informou que foram recolhidos no total 170 sacos de 100 litros de lixo durante a limpeza das vias. 




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